Morfofisiologia de feijão-caupi sob estresse salino e aplicação de quitosana em área semiárida
DOI:
https://doi.org/10.19149/wrim.v14i1-3.4938Palavras-chave:
BRS Tapaihum, elicitor, salinidadeResumo
Na região do Nordeste brasileiro, as águas com altas concentrações de sais solúveis se destacam como um dos principais fatores de estresse abiótico, impactando negativamente o crescimento e a produtividade das plantas. Assim, é necessário o uso de alternativas capazes de mitigar os efeitos do estresse salino nas culturas de grande importância para a região, como o feijão-caupi. Neste contexto, objetivou-se com o presente estudo avaliar os efeitos das concentrações de quitosana na morfofisiologia de feijão-caupi sob estresse salino. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 × 5, sendo dois níveis de condutividade elétrica da água de irrigação – CEa (0,6 e 4,0 dS m-1) e cinco concentrações de quitosana (0; 0,25; 0,50; 0,75 e 1,00 g L-1) com quatro repetições. A irrigação com CEa de 4,0 dS m-1 diminuiu o conteúdo relativo de água e o acúmulo de fitomassa e elevou o extravasamento de eletrólitos das plantas de feijão-caupi. Aplicações de quitosana em plantas sob CEa de 0,6 dS m-1 inibiu o crescimento. Aplicações de quitosana entre as concentrações de 0,46 e 0,71 g L-1 amenizaram os efeitos da salinidade da água, reduzindo o extravasamento de eletrólitos e aumentando o conteúdo relativo de água, número de folhas, área foliar, e a taxa de crescimento relativo em diâmetro de haste e a relação raiz/parte aérea. A aplicação foliar de quitosana no cultivo do feijão deve ser realizada sob condições de elevada salinidade da água.