Crescimento e conteúdo de solutos orgânicos em couve-flor cultivada com água salobra em sistema hidropônico
DOI:
https://doi.org/10.19149/wrim.v10i1-3.2640Palavras-chave:
Brassica oleracea var. botrytis, salinidade, solutos orgânicosResumo
Os osmólitos orgânicos compatíveis carboidratos, aminoácidos proteína e prolina possuem papel fundamental na aclimatação das plantas sob condições de estresses abióticos. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar os teores de carboidratos, aminoácidos, proteína e prolina nas folhas e inflorescência de couve-flor em diferentes períodos de desenvolvimento, em condições hidropônicas sob estresse salino. As plantas de couve-flor foram cultivadas em sistema hidropônico técnica do fluxo laminar de nutrientes - NFT. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com seis níveis de condutividade elétrica da solução nutritiva - CEsol (1,7; 5,3; 7,4; 9,6; 11,2 e 12,9 dS m-1) com cinco repetições. Os resultados obtidos mostraram que o estresse salino afeta os solutos orgânicos das plantas de couve-flor nas folhas aos 30 dias após transplantio - DAT e, principalmente aos 60 DAT e na inflorescência. A salinidade reduziu os teores de carboidratos solúveis com o incremento da salinidade aos 60 DAT nas folhas. Para os teores de aminoácidos livres, proteínas solúveis e prolina nas folhas observou-se redução até determinado nível de salinidade, aumentando nos níveis mais elevado, principalmente a prolina livre. Na inflorescência os teores de aminoácidos e prolina aumentaram com o incremento da salinidade, mas os teores de carboidratos e aminoácidos foram mais elevados quando comparado nas folhas. No geral, os solutos orgânicos não contribuíram para o ajuste osmótico do estresse salino, porém nos níveis mais elevados de CEsol, 9,6; 11,2 e 12,9 dS m-1, pode ter contribuído para mitigar os efeitos dos sais nas plantas de couve.