Osteopatia e Atenção Primária à Saúde
Uma relação pouco conhecida no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.46635/revise.v5ifluxocontinuo.1939Palavras-chave:
Medicina Osteopática, Atenção Primária à Saúde, Terapias Complementares, Manipulações Musculoesqueléticas, PICS, Osteopatia, QuiropraxiaResumo
A principal contribuição da osteopatia ao bem estar coletivo apresenta-se historicamente ligada à Atenção Primária à Saúde (APS). Todavia, nas últimas décadas, esse perfil tem se modificado. Nos Estados Unidos, na medida em que as formações em osteopatia estreitam laços com escolas médicas convencionais, diminui a utilização de técnicas manuais osteopáticas e a preferência pela atuação na APS entre os osteopatas. No Brasil, a osteopatia foi reconhecida como Prática Integrativa e Complementar em Saúde (PICS) recentemente no Sistema Único de Saúde (SUS); e, como tal, foi incentivada sua inserção na APS. As experiências iniciais estão ocorrendo por iniciativa de fisioterapeutas em serviços ambulatoriais especializados, envolvendo geralmente a atenção secundária e terciária. Nesse contexto, apresentamos e discutimos estratégias viáveis, porém, ainda não exploradas, de inserção desta abordagem na APS, atentando para as particularidades da osteopatia e as realidades do SUS. Tais estratégias desafiam os profissionais osteopatas a considerarem metodologias de matriciamento e educação permanente, no sentido da construção de um campo comum que, além de incluir saberes e técnicas osteopáticas básicas, seguras e adequados no contexto multiprofissional da APS, favoreçam a reformulação de conceitos, crenças e práticas excessivamente medicalizantes comumente partilhados pelos profissionais da biomedicina.