Conhecimento e interesse dos estudantes de medicina sobre as práticas integrativas e complementares de saúde
DOI:
https://doi.org/10.46635/revise.v8ifluxocontinuo.2112Palavras-chave:
Educação Médica, Sistema Único de Saúde., Terapias Complementares, PICSResumo
O uso de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) no tratamento de doenças pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tem aumentado consideravelmente e hoje 29 procedimentos são disponibilizados, sendo que 88% deles são oferecidos na Atenção Básica. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram realizados aproximadamente 1,5 milhões de atendimentos em 2017, entre as práticas mais utilizadas destacam-se a homeopatia e acupuntura. Embora existam evidências científicas que demostrem os benefícios do tratamento da medicina alopata integrada às PICs, ainda existe um desconhecimento tanto da população como dos estudantes e profissionais da saúde sobre o assunto, gerando controvérsias com a busca crescente dos pacientes por esses tratamentos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar o conhecimento e o interesse dos acadêmicos de medicina à respeito das PICs. Metodologia: Os dados foram coletados em 2018 a partir de questionário elaborado pelos autores e aplicado a 224 estudantes matriculados no curso de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) - SP. Resultados: Do total de entrevistados, verificou-se que 75,8% dos estudantes desconhecem que estas práticas já estão incorporadas ao SUS, contudo, 68,3% demonstraram interesse em inserir conteúdos correlacionados às PICs como componentes curriculares durante a graduação. Conclusão: Apesar do nível de conhecimento da amostra apresentar-se abaixo do esperado, os participantes da pesquisa se mostraram interessados em explorar o assunto. Além disso, foi evidenciada a crescente demanda dos pacientes por esse tipo de tratamento, indicando a necessidade da inserção de tais modalidades nos currículos médicos.