SABERES POPULARES NO USO DE PLANTAS MEDICINAIS: TRADIÇÃO DE VALOR FAMILIAR NA CONVERGÊNCIA AOS SABERES CIENTÍFICOS
DOI:
https://doi.org/10.46635/revise.v9ifluxocontinuo.2646Palavras-chave:
Doença crônica;, Plantas medicinais, Educação em saúde, Saberes populares, Tradição de famíliaResumo
Este estudo faz parte de um projeto guarda-chuva, de abordagem qualitativa enveredando pelo plano da pesquisa-ação. Fundamentou-se em problematizar a temática de uso de fitoterápicos em uma aproximação de saberes convergentes, populares e científicos. Objetivou investigar o uso de plantas medicinais em pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, cadastradas em um programa de extensão-pesquisa de uma instituição de ensino superior pública, no interior do estado da Bahia. Realizado no período de agosto /2014 a maio/2015 com seis mulheres com idade média 57,8 anos, em observância a saturação dos dados. Foram os instrumentos de coleta de dados: uma entrevista semiestuturada com questões norteadoras sobre plantas medicinais e três oficinas educativas na temática. Dos instrumentos configuraram-se as categorias de análise: A prática popular de uso de plantas medicinais – saberes-fazeres cotidiano; Saberes populares sobre coleta, horário e formas de aquisição das plantas medicinais e Plantas medicinais: reações indesejadas. Os resultados ratificaram o que a ampla literatura difunde de ser esta uma prática na cultura brasileira de tradição e valor familiar com estreita relação à diversidade cultural-regional. Também verificaram que o uso de plantas segue uma filosofia de pensar que por ser natural não faz mal. Não obstante, os modos de preparo, armazenamento e horário de coleta de partes da planta utilizada evidenciou a necessidade de uma reconstrução dos saberes-fazeres ao uso racional das plantas de modo a minimizar e/ou evitar os efeitos indesejáveis. Considera-se que para o uso mais racional das plantas é preciso ascender à convergência de saberes científicos e populares.