O espaço dialético em A estrela sobe, de Marques Rebelo
Mots-clés :
Marques Rebelo; A estrela sobe; espaço.Résumé
A partir da tensa e problemática relação entre a personagem e a cidade, este artigo dá relevo à investigação de um conflito nuclear na ficção de Marques Rebelo: o tratamento dialético da categoria da espacialidade e seus desdobramentos no romance A estrela sobe (1939). Essa obra constitui o ponto de virada da obra rebeliana, na medida em que apresenta o espaço de modo dialético, marcado pela tensão entre a protagonista Leniza Máier e a cidade do Rio de Janeiro, de modo a revelar traços importantes do projeto estético do autor. O apoio teórico para o desenvolvimento da análise é constituído por estudos de Antonio Candido (1974, 1993, 2015) sobre o tema em pauta. Além disso, consideramos ensaios críticos que abordam a ficção moderna de Marques Rebelo.
Téléchargements
Références
CANDIDO, A. A passagem do dois ao três: contribuição para o estudo das mediações na análise literária. Revista de História, USP, Universidade de São Paulo. vol. 50, n. 100, 1974. p. 787-800.
______. Degradação do espaço; De Cortiço a Cortiço. In: CANDIDO, A. O discurso e a cidade. São Paulo: Duas Cidades, 1993. p. 55-94; p. 123-152.
______. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. 8. Ed. São Paulo: T. A Queiroz, 2000.
______. Dialética da malandragem. In: CANDIDO, A. O discurso e a cidade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2015. p. 17-47.
FRUNGILLO, M. L. O Rio é o mundo: sobre Marques Rebelo no seu centenário. Revista Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ. n. 20/21, dez, 2007, p. 119-131.
______. O espelho partido: história e memória na ficção de Marques Rebelo. (tese). Campinas: Unicamp/IEL, 2001.
REBELO, Marques. A estrela sobe. 20. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. (Col. Prestígio).
SANT’ANNA, A. R. de. Análise estrutural de romances brasileiros. Petrópolis, Vozes, 1974.
VIDAL, A. J.; AGUIAR, Joaquim A. Leniza & Elis: duas cantoras, dois intérpretes. Cotia: Ateliê Editorial, 2002.
