Depressão, ansiedade e stress: efeitos psicológicos do distanciamento social em moçambique
Palavras-chave:
depressão, ansiedade, stress, distanciamento socialResumo
A pandemia da COVID-19, detectada em Dezembro de 2019 na China, constitui uma grave crise a nível mundial. Milhões de indivíduos têm experimentado os efeitos psicológicos causados pelo distanciamento social, medida que restringe ao máximo o contacto entre pessoas. O stress, considerado como um desequilíbrio emocional dado pelo conflicto entre exigências e as respostas a situações diversas; depressão causa impactos significativos na independência, autonomia e sociabilidade do indivíduo e ansiedade relacionado com o estado de medo absoluto que paralisa o sujeito de uma forma extraordinária, formam parte dos distúrbios psicológicos.[1]. Esta pesquisa objectiva identificar os níveis de distúrbios psicológicos depressão, ansiedade e stress associados ao distanciamento social e os possíveis efeitos psicológicos causados em Moçambique-África. Participaram do estudo 176 indivíduos:79 do sexo masculino e 97 do feminino; identificados a partir de um questionário elaborado na plataforma Google Form e disseminado online através de plataformas de comunicação social WhatsApp, Facebook e correio eletrónico durante 7 dias. Os resultados indicaram efeitos psicológicos negativos entre ligeiros e moderados para a depressão e ansiedade respectivamente. Os níveis de ansiedade evidenciaram sintomas entre ligeiros a moderados. O stress, verificou níveis de ligeiros a moderados com tendência a graves. Mudanças de hábitos repentinos na rotina das pessoas, afectaram a adaptabilidade ao novo estilo de vida. Intervenções psicológicas de prevenção e tratamento poderiam ajudar diminuir o impacto psicológico causado pelo distanciamento social através de novos estudos mais aprofundados com populações maiores.
[1] Esta pesquisa não recebeu financiamento.