Uso de solução alcoólica de pigmentos de flores como indicadora natural de pH em soluções aquosas

Autores

  • Gilmara Fernandes Eça Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Lorena Pereira Araújo Instituto Federal da Bahia
  • Simone Fiuza Conceição Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Alan Freitas dos Santos Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Márcio Cunha dos Santos Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Rayza Pereira Santos Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Breno do Nascimento Silva Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Palavras-chave:

Extratos de flor. Antocianina. Betalaína. Reações ácido-base

Resumo

Flores de vegetais podem conter pigmentos naturais como antocianinas e betalaínas, que são indicadores de pH. Este estudo buscou avaliar o potencial de extratos de flores em escalas de pH. Flores de Caesalpinia pulcherrima, Euphorbia milii, Ixora chinensis, Bougainvillea sp. e Hibiscus rosa-sinensis foram coletadas e os extratos preparados com etanol absoluto. Para cada tipo de flor foi pesada uma massa de 25,0000 g de pétalas frescas, macerada, misturada em 50,0 mL de etanol absoluto e filtrada, formando os extratos. Escalas de pH na faixa de 0 a 12 foram preparadas usando água deionizada e o pH das soluções ajustado com solução de NaOH 0,1 mol L-1 e H2SO4 0,1 mol L-1. Quinze gotas de extrato foram adicionadas em tubos de ensaio contendo as soluções dos tubos. As cores das soluções contendo os indicadores variaram de rosa (meio ácido), incolor (pH intermediário) a verde ou azul em pH básico. De modo geral, os resultados mostraram padrões de coloração específicos para cada extrato. A leitura espectrofotométrica dos extratos revelou picos de absorção máxima em torno de 500 nm. Embora os extratos tenham mostrado potencial como indicadores de pH, as condições de preservação para cada extrato precisam ser melhor estudadas. Isso inclui a investigação de fatores que afetam a estabilidade dos extratos, como a luz, a temperatura e o tempo de exposição, a fim de melhorar as condições de uso em laboratório.

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Biografia do Autor

Gilmara Fernandes Eça, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Possui graduação em Licenciatura em Química pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2005), mestrado em Sistemas Aquáticos Tropicais pela UESC (2007), doutorado em Química Analítica pela Universidade Federal da Bahia (2013). Atualmente é professora Adjunta da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Tem experiência na área de Oceanografia Química e, Química Analítica e Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: Química Ambiental, Indicadores naturais de pH, nutrientes inorgânicos dissolvidos em água, otimização de métodos químicos. Email: gilmarafernandes@ufrb.edu.br

Lorena Pereira Araújo, Instituto Federal da Bahia

Formada em Gestão Ambiental pela Unijorge em 2017, Pós-Graduação em Gestão Ambiental, Faculdade Focus, 2023, Mestranda no Programa Gestec, Uneb

Simone Fiuza Conceição, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Possui graduação em Ciências Biológicas (2004) e Mestrado em Ciências/Botânica (2007) pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Taxonomia de Fanerógamos, atuando principalmente nos seguintes temas: Boraginaceae, Heliotropioideae, taxonomia, Bahia, Recôncavo, flora. Trabalha como Bióloga (Botânica) na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, no Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas (CCAAB) (2008 – atual). Membra do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFRB (07/2021-atual). Membra da Comissão de Ética em Uso de Animais da UFRB (maio de 2023-atual)

Alan Freitas dos Santos, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Possui graduação em Bacharelado em Ciências Exatas e Tecnológicas pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (2022), atualmente é Bacharelando em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Tem experiências na aréa de modelagem tridimensional, prototipagem e processos de automação.

Márcio Cunha dos Santos, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Márcio Cunha dos Santos. Possui graduação em Licenciatura em Química pela Universidade do Estado da Bahia (2004) e mestrado em Química pela Universidade Federal da Bahia (2007). Atualmente é Químico da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Inorgânica.

Rayza Pereira Santos, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Possui graduação em Gestão Ambiental pelo Centro Universitário Internacional (2018), graduação em Química pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2023) e curso-técnico-profissionalizante em Técnico em Química pelo Centro Estadual De Educação Profissional Áureo de Oliveira Filho (2013). Atualmente é TÉCNICO DE LABORATÓRIO DE QUÍMICA da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Tem experiência na área de Química.

Breno do Nascimento Silva, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Possui curso técnico em química pelo Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (2001), graduação em Gestão Pública pela UNOPAR(2014) e especialização em Gestão Pública e de Pessoas pela Faculdade Única (2021). Atualmente, é servidor público federal e desempenha a função de técnico em Química na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

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Publicado

17-04-2024

Como Citar

Fernandes Eça, G., Pereira Araújo, L., Fiuza Conceição, S., Freitas dos Santos, A., Cunha dos Santos, M., Pereira Santos, R., & do Nascimento Silva, B. (2024). Uso de solução alcoólica de pigmentos de flores como indicadora natural de pH em soluções aquosas. Revista Eletrônica De Ciências Exatas E Tecnológicas, 5(1). Recuperado de https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/recet/article/view/4748

Edição

Seção

Química e Bioquímica