Mandelbaum: crítica ao antiessencialismo na arte e sua interpretação problemática da noção wittgensteiniana de semelhança de família
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v22i2.2816Palavras-chave:
Arte; Antiessencialismo; Semelhança de família; Ver e ver como.Resumo
O presente artigo aborda a crítica de Maurice Mandelbaum ao antiessencialismo na arte de orientação wittgensteiniana. Mandelbaum tece críticas posição comum de Paul Ziff, Morris Weitz e Willian Kennick segundo a qual a definição do conceito de arte não poder ser estabelecida em termos essencialistas. De acordo com Mandelbaum, a tese antiessencialista falha porque se pauta em propriedades observáveis para alegar que não há propriedade necessária e suficiente que percorre o conjunto de todas as obras de arte. Nesse sentido, a definição do conceito de arte poderia ser estabelecida mediante propriedades relacionais. O ataque de Mandelbaum se concentra na noção de semelhança de família desenvolvida por Ludwig Wittgenstein nas Investigações Filosóficas. Em sua interpretação da referida noção, Mandelbaum pressupõe que Wittgenstein estaria se referindo a propriedades diretamente exibidas. Todavia, o artigo defende que a crítica de Mandelbaum não se justifica pois ignora a distinção entre ver e ver como que o próprio Wittgenstein realiza na passagem XI de sua mencionada obra.
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Referências
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