Escrita e memória no Fedro de Platão
DOI :
https://doi.org/10.31977/grirfi.v11i1.640Mots-clés :
Escrita; Memória; Recordação; Retórica; Saber.Résumé
Seria a escrita um remédio (pharmakon) para a memória e a causa de sabedoria entre os homens? Essa é a questão fundamental que este trabalho pretende investigar a partir do mito da invenção da escrita presente no Fedro de Platão (428-347 a.C.). A análise feita por Sócrates e Fedro, os dois interlocutores da conversação, nos conduzirá para pensar sobre uma questão que perpassa todos os diálogos de Platão, que é a natureza do saber e sua relação com a linguagem. Veremos como Sócrates(personagem) enuncia a diferença entre memória e recordação, mnéme e anámnesis. Tal exame conceitual se apresenta como capital para que se entenda como a alma (psychê) desperta, através da linguagem, para a atividade filosófica, o que acaba sendo também uma crítica à retorica dos sofistas, logógrafos, políticos e oradores contemporâneos de Platão.
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