Arte e estética: o debate contemporâneo a partir de George Dickie
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v3i1.489Palavras-chave:
Estética; Definição da arte; Arte contemporânea.Resumo
No artigo O mito da atitude estética, dentre outros trabalhos, o filósofo George Dickie se opõe a teses que circunscrevem a apreciação das obras de arte a determinados estados psicológicos centrados na noção de desinteresse prático e que fundamentariam o único espaço onde elas teriam significado enquanto tais. Nosso propósito aqui, num primeiro momento, será explicitar um dos aspectos pontuais desta crítica, qual seja, a análise e objeção ao conceito de “atitude estética” defendido por Jerome Stolnitz. Num segundo momento, questionaremos se, de modo geral, a objeção àquele conceito pode ser estendida ao valor da estética (não apenas vinculada à certa “atitude”), considerada irrelevante para a teoria institucional da arte, o centro da filosofia de Dickie. Nesta direção, retomaremos a antiga discussão sobre a demarcação de fronteiras entre estética e filosofia da arte, mas o faremos a partir da perspectiva de Dickie e, longe de esgotá-la, apenas indicaremos possíveis caminhos para a relação entre estas duas instâncias.
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