Potencialidades da bioética deliberativa em tempos de pandemia da COVID-19
Resumo
Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o
surto do novo Coronavírus “como uma emergência de saúde pública de interesse
internacional” (WHO, 2020a, p.1). Já em 11 de março de 2020, a OMS caracteriza a
COVID-19 como uma pandemia, sendo a primeira causada por um Coronavírus, o
SARS-CoV-2 (WHO, 2020b).
Passados quase dois meses, os dados da OMS relatam que o número de casos
confirmados no mundo alcança 4.006.257 milhões de pessoas, com 278.892 mil mortes
(WHO, 2020b). No contexto da América Latina, o Brasil ocupa o segundo lugar com
um total de 155.939 mil casos e 10.627 mil mortes, em 11 de maio de 2020 (WHO,
2020c).
Os riscos da COVID-19 são heterogêneos e podem comprometer de forma
desproporcional às populações vulneráveis. Faz-se necessário, portanto, atentar para as
responsabilidades sociais e éticas que permitam avaliar e minimizar os riscos que esses
grupos, quase sempre marginalizados, estão expostos (BERGUER et al., 2020).