Um vírus para nos tornar altruístas e para ter esperança
Resumo
A cada semana parece que as expectativas dos seres humanos mais pessimistas irão se tornar realidade. Os pessimistas convictos sempre estão à espera de que esse mundo acabe, ou pelo menos o planeta se salve contanto que a humanidade sucumba por provar do próprio veneno. Os devaneios são diversos: um meteoro, o aquecimento global irreversível, uma guerra mundial, uma doença degenerativa incurável sem causa aparente de total prevalência e até mesmo um vírus mortal, não importando se surgiu espontaneamente como presente de retribuição da Natureza ou se foi criado em laboratório. Ao que nos parece, o vírus mortal está ganhando essa mórbida disputa.
E fica a questão: a humanidade merece esse flagelo? Sabemos que o restante do planeta está aproveitando o bombardeio que o novo coronavírus impeliu no consumismo cínico e irresponsável dos humanos. A velha mãe Gaia está tendo tempo para curar suas feridas antes que outras mais novas sejam feitas pelo seu filho mais ingrato: o ser humano. Sim, só a nossa espécie foi atingida no seu conforto, na sua estabilidade e na sua supremacia intelectual. Todo o restante dos reinos mineral, vegetal e animal está sentindo o atual apocalipse da civilização humana como um renascimento, da maneira como suas formas de “consciência” os permitirem.