A sapiência das cartas
Resumo
Aqui vejo as paredes brancas da minha casa engolirem meus sonhos. Tenho dormido mal, mas isso não me assusta, afinal, a morte tem tentado meu corpo, mas eu não durmo. Tenho me encontrado com meus medos, vejo de perto números de mortos perturbarem meus pesadelos, não sabia que números eram passíveis em aparecer nos sonhos. Tenho acordado com a sensação de não ter dormido, tenho perdido a fome das cinco da tarde em diante. Tenho me preocupado com meu trabalho, percebo que escutar as pessoas pelo fone de ouvido tem desgastado meus olhos.
A tela do celular mudou de tamanho, cabem os ombros e o rosto das pessoas que entram em contato comigo na eminente vontade de me ver e sustentam ali o seu olhar para mim, não me perdem de vista a não ser que a internet “caia”. O sufoco das madrugadas tem constringindo meus sonhos, que apesar de como já disse, receber diversos números, está sufocado. Não sua estrutura, mas sua libido, seu sangue; tenho tido grandes pesadelos. A saudade não tem me angustiado, a aproximação tem me assustado.