A certidão de óbito veio lavrada desde os negreiros”: extensão e educação popular em saúde mental diante da produção social do banzo contemporâneo
Palavras-chave:
Extensão Popular, Educação Popular, Educação e SaúdeResumo
Este artigo consiste em um relato de experiência de docente e discentes extensionistas vinculados ao projeto “Escutatórias: ajuda e suporte mútuos em saúde mental e educação popular no território”, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, desenvolvido durante o ano de 2024 em um bairro popular de Santo Antônio de Jesus. Neste relato, buscamos compartilhar as angústias e os dilemas vividos pela equipe, bem como refletimos sobre os horizontes que guiaram as nossas práticas. Ainda, nos propomos a refletir sobre o processo ensino-aprendizagem em extensão e educação popular de docentes e estudantes de graduação em territórios periféricos. Compartilhamos nossas angústias, os dilemas vividos e os horizontes que guiaram essa clínica artesanal efetuada em território. Entendemos que as experiências em extensão e educação popular contribuem para reorientar os itinerários formativos em saúde do ponto de vista técnico, ético e político, em razão de seu compromisso com o encontro, o diálogo e a imersão crítica na realidade. Ademais, a extensão popular reconhece a legitimidade das dores e fortalece a potência dos vínculos comunitários entre mulheres negras e periféricas, submetidas à continuada experiência de dor pelo extermínio de seus filhos e netos e decorrente de um projeto político de produção de desesperanças.
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