Etnocentrismo liberal-democrático, conhecimento e solidariedade
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v14i2.717Palavras-chave:
Etnocentrismo; Conhecimento; Objetividade; Solidariedade.Resumo
Richard Rorty propõe uma concepção de conhecimento que abandone a pretensão de objetividade entendida como uma representação fiel do mundo em nossa mente ou na linguagem. Para ele, se o mundo não torna nossas crenças verdadeiras ou falsas e sim que elas são justificadas socialmente (e não apenas por um eu solitário, mas por nós), o conhecimento não pode ser uma questão de adequação com a realidade, e sim de concordância entre os membros de determinada comunidade. Com isso, Rorty abandona a pretensão de uma epistemologia de caráter universal e propõe uma concepção de conhecimento que só pode ser justificada localmente, abrindo alas dessa forma para o seu etnocentrismo, assim como para sua defesa da ideia do conhecimento como solidariedade e da razão como conversação. Este artigo pretende apontar alguns limites da proposta neopragmática de Rorty
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