A educação do ethos na Antígona de Sófocles
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v21i2.2402Palavras-chave:
Antígona; tragédia; Ethos; Lei; Política.Resumo
Antígona, de Sófocles, escrita por volta de 441-440 a.C. é a tragédia mais estuda e interpretada da história do teatro clássico. São diversos os ângulos interpretativos e de análise que a 2500 a.C. desafiam os exegetas e estudiosos das diversas áreas do conhecimento humano. A forma como a peça é, interpretativamente, recebida varia conforme os interesses do tempo no qual ela é estudada e encenada. Objetiva-se, nesse trabalho, por meio de uma análise hermêutico-dialética de revisão de literatura, apresentar possíveis impactos que o descumprimento da lei civil que impedia a jovem princesa Antígona a oportunizar um sepultamento digno a seu irmão, Polinice, possui para a formação de um ethos educativo e emancipador de cidadãos que busquem na sua práxis a plena justiça social, diante de leis tecidas pela lógica excludente de um poder de estado que almeja apenas se perpetuar no poder. Os personagens principais são analisados e contextualizados à luz da compreensão de um ethos formativo que priorize a lógica da justiça em detrimento da lógica fria da lei jurídica. Conclui-se que o interdito de Creonte, ainda, está vivo em nosso tempo, e a educação é um dos principais instrumentos, para transformar o status quo que vitimiza, injustamente, muitas pessoas em nome de uma razão de estado divorciada de princípios ético-morais.
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