O passado como rememoração e redenção em Walter Benjamin
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i3.1848Palavras-chave:
Passado; Rememoração; Redenção; Memória involuntária; Sonhos.Resumo
A intenção deste artigo é tematizar o pensamento de Benjamin sobre o passado, mostrando não somente como este é o verdadeiro centro propulsor das Teses, mas também como é somente através deste que um novo conceito de história se torna possível. De fato, o passado não somente não é algo concluído, mas é também revolucionário na medida em que permite vingar milhares de oprimidos em seu encontro com o presente. Um passado que contrasta com a versão oficial e com a tradição do continuum, um passado aberto, mas não de fácil leitura, implicado em sinais criptografados para descriptografar, sonhos para interpretar e instantes para segurar. Podemos definir o passado benjaminiano como um “passado próximo” apenas no sentido em que, no entanto, essa proximidade não indica uma adjacência temporal específica, mas apenas sua relevância e urgência sempre explosiva.
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