Da subjetivação opressora à emancipadora: uma possível relação entre o aceleracionismo de esquerda e o Guattari tardio
DOI :
https://doi.org/10.31977/grirfi.v25i3.5483Mots-clés :
Subjetivação; Aceleracionismo de Esquerda; Esquizoanálise; Tecnocapitalismo.Résumé
A partir de um panorama histórico-conceitual do aceleracionismo, especialmente em suas vertentes de esquerda, propõe-se uma leitura que o relaciona com o pensamento tardio de Félix Guattari, cujo enfoque recai sobre três dimensões interdependentes: a ecologia, a subjetividade e as relações sócio-produtivas. Argumenta-se que a tecnologia, longe de ser um instrumento neutro, constitui um vetor fundamental nos processos de subjetivação, podendo operar tanto como dispositivo de controle e alienação quanto como ferramenta de reapropriação existencial e autovalorização, conforme sugere Guattari. Ao recuperar a esquizoanálise e a noção de agenciamentos coletivos de enunciação, defende-se que é possível pensar a técnica como aliada a modos de subjetivação emancipatórios e não unicamente opressores.
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