“Por quê olhar os animais?” Ética da alteridade e animalidade em John Berger

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DOI :

https://doi.org/10.31977/grirfi.v22i3.3017

Mots-clés :

Ética animal; Metáfora; Alteridade; Confinamento.

Résumé

Em seu texto Por quê olhar os animais?, John Berger comenta como a metáfora animal foi um recurso indispensável para revelar uma proximidade entre as espécies, e que sem o exemplo de animais seria improvável, por exemplo, descrever eventos como aqueles narrados por Homero n’A Iíada. A correlação entre vidas semelhantes e heterogêneas permitiram aos seres humanos, inspirados pelos animais, darem respostas às primeiras perguntas. É razoável afirmar que a primeira metáfora tenha sido a do animal, como um modo de partilhar o mundo que lhes era comum e diferente. Mas nossa relação com os animais não-humanos também contém contradições; a criação do zoológico representou a elevação de um monumento à impossibilidade  de qualquer reencontro com  a animalidade. Em vez de liberados, os animais foram capturados por outras categorias políticas. Para John Berger as ambiguidades permanecem “Eles são os objetos de nosso conhecimento sempre crescente. O que sabemos sobre eles é um índice de nosso poder, e assim é um índice do que nos separa deles. Quanto mais sabemos, mais distante eles ficam.”

 

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Biographie de l'auteur

Mateus Uchôa, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutor(a) em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte – MG, Brasil.

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Publiée

2022-10-28

Comment citer

UCHÔA, Mateus. “Por quê olhar os animais?” Ética da alteridade e animalidade em John Berger. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 22, n. 3, p. 183–194, 2022. DOI: 10.31977/grirfi.v22i3.3017. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3017. Acesso em: 24 nov. 2024.

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