“Por quê olhar os animais?” Ética da alteridade e animalidade em John Berger

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v22i3.3017

Palabras clave:

Ética animal; Metáfora; Alteridade; Confinamento.

Resumen

Em seu texto Por quê olhar os animais?, John Berger comenta como a metáfora animal foi um recurso indispensável para revelar uma proximidade entre as espécies, e que sem o exemplo de animais seria improvável, por exemplo, descrever eventos como aqueles narrados por Homero n’A Iíada. A correlação entre vidas semelhantes e heterogêneas permitiram aos seres humanos, inspirados pelos animais, darem respostas às primeiras perguntas. É razoável afirmar que a primeira metáfora tenha sido a do animal, como um modo de partilhar o mundo que lhes era comum e diferente. Mas nossa relação com os animais não-humanos também contém contradições; a criação do zoológico representou a elevação de um monumento à impossibilidade  de qualquer reencontro com  a animalidade. Em vez de liberados, os animais foram capturados por outras categorias políticas. Para John Berger as ambiguidades permanecem “Eles são os objetos de nosso conhecimento sempre crescente. O que sabemos sobre eles é um índice de nosso poder, e assim é um índice do que nos separa deles. Quanto mais sabemos, mais distante eles ficam.”

 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Mateus Uchôa, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutor(a) em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte – MG, Brasil.

Citas

BERGER, John. Por que olhar os animais? In: BERGER, John. Sobre o olhar. Trad. Lya Luft. Barcelona, Gustavo Gili, 2003.

BERGER, John. Animais como metáfora. Suplemento Literário de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2010.

COETZEE, J.M. A vida dos animais. Trad. José Rubens Siqueira; introdução e organização de Amy Gutmann - São Paulo: Companhia das letras, 2002.

DANOWSKI, Déborah. Há um mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins / Déborah Danowski, Eduardo Viveiros de Castro. - Desterro [Florianópolis]: Cultura e Barbárie: Instituto Socioambiental, 2014

DERRIDA, Jacques. O animal que logo sou (A seguir) / Jacques Derrida; tradução Fábio Landa . - São Paulo: Editora UNESP, 2002.

DERRIDA, Jacques. ROUDINESCO, Elisabeth. Violências contra os Animais. De que amanhã...Diálogos.Tradução: André Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004. Cap.5, p.80-96.

FRANCIONE, Gary. Introdução aos direitos animais. São Paulo, Editora Unicamp, 2014.

MACIEL, E. M. Zoopoéticas Contemporânea. link: http://revistas.iel.unicamp.br/index.php/remate/article/viewFile/3335/2811.

MASSUMI, Brian. O que os animais nos ensinam sobre política.Trad. Francisco Trento, Fernanda Mello, São Paulo, n-1 edições , 2017

PAIXÃO, R. L. Sob o olhar do outro. Derrida e o discurso da ética animal. Sapere Aude – Belo Horizonte, v.4 - n.7, p.272-283 – 1º sem. 2013

PRECIADO, Paul. B. O feminismo não é um humanismo. https://www20.opovo.com.br/app/colunas/filosofiapop/2014/11/24/noticiasfilosofiapop,3352134/o-feminismo-nao-e-um-humanismo.shtml

VELOSO, Caetano. Versos da canção O império da lei. Álbum Abraçaço (2012).

Publicado

2022-10-28

Cómo citar

UCHÔA, Mateus. “Por quê olhar os animais?” Ética da alteridade e animalidade em John Berger. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 22, n. 3, p. 183–194, 2022. DOI: 10.31977/grirfi.v22i3.3017. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3017. Acesso em: 3 jul. 2024.

Número

Sección

artículos