O estatuto e o papel do intelectual em Benda e Sartre
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3470Palabras clave:
Sartre; Benda; Intelectuais; Autonomia; Engajamento.Resumen
Esse artigo pretende explorar os temas do estatuto e da função do intelectual em dois autores significativos para a questão a partir do século XX: Julien Benda e Jean-Paul Sartre. Trata-se de revisitar as noções de autonomia e engajamento, fundamentais para uma compreensão comparativa entre os dois autores. O texto procura caracterizar de forma ampla o tipo de intelectual defendido por Benda no mesmo passo em que procura evidenciar a gênese e as condições de aparecimento do intelectual para Sartre. O Caso Dreyfus, momento histórico de surgimento do intelectual como o conhecemos, é revisitado a fim de estabelecermos um referencial concreto para as posições dos autores em discussão. A partir dos elementos levantados, procura-se argumentar no sentido das divergências entre Benda e Sartre sobre a natureza e o papel do intelectual, mas também propõe-se evidenciar o solo comum em que os dois autores parecem trafegar. O texto, ainda, aponta questões para se pensar o intelectual a partir das novas condições políticas e sociais na contemporaneidade.
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