Contribuições de Cioran ao pensamento antidogmático

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3465

Palabras clave:

Emil Cioran; Antidogmatismo; Ceticismo.

Resumen

A obra do filósofo romeno Emil Cioran oferece importantes desafios aos seus investigadores, graças, entre outras coisas, ao seu modelo assistemático de expressão e sua recusa em definir horizontes teóricos claros. Este fato contribui para a dificuldade de associá-lo seguramente a uma tradição de pensamento. O presente artigo pretende fomentar a discussão de como, mesmo com significativas interdições, Cioran contribuiu para o pensamento antidogmático. Para alcançar esse objetivo exordial, o trabalho propõe-se a (a) investigar as mudanças sofridas pelo filósofo entre as obras de juventude e maturidade; (b) apresentar paulatinamente as características antidogmáticas do pensamento cioraniano; além de (c) identificar as idiossincrasias deste suposto antidogmatismo. A hipótese que subjaz à perscrutação é a de que Cioran teria, através de seu peculiar antidogmatismo, aperfeiçoado um “método” que lhe permitia discutir filosoficamente, ainda que persistindo na “tarefa” assumida de nada propor. A partir deste escopo, considera-se possível esclarecer suficientemente pontos obscuros ou ainda não recepcionados daquela obra.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Rui Prates, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Doutorando(a) em Filosofia na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador – BA, Brasil.

Citas

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Tradução de Alfedro Bosi e Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

ARON, Raymond. Démocratie et Totalitarisme. Paris: Gallimard, 1987 (1965).

BAECHLER, Jean. La grande parenthèse (1914-1991): Essai sur un accident de L'histoire. Paris: Éditions Cairnan-Lévy, 1993.

BENEVIDES, Walter. E.M. Cioran, um pessimista quase perfeito. Rio de Janeiro: Jornal do Commercio. 2 de nov 1968, p. 34. Impresso.

BLAGA, Lucian. Trilogia cunoașterii. Bucareste: Humanitas, 2013.

BRANDÃO, Bernardo G. dos Santos Lins. A tradição do discurso apofático na filosofia grega. Hypnos, São Bento, v. 18, n. 12, p. 90-97, 2007.

CASSIRER, Ernst. A filosofia do Iluminismo. Trad. Álvaro Cabral. São Paulo: UNICAMP, 1997.

CIORAN, Emil. Apologie de la Barbarie. Paris: L’Herne, 2015.

CIORAN, Emil. Breviário de Decomposição. Rio de Janeiro: Rocco, 2011 (1949).

CIORAN, Emil. Cahiers: (1957-1972). Paris: Gallimard, 1997.

CIORAN, Emil. Do inconveniente de ter nascido. Lisboa: Letra Livre, 2010c (1973).

CIORAN, Emil. Écartèlement. In: Œuvres. Paris: Gallimard, 1995a (1979), p. 1407-1504.

CIORAN, Emil. Entretiens. Paris: Gallimard, 1995b.

CIORAN, Emil. Exercices négatifs: En marge du Précis de Décomposition. Paris: Gallimard, 2005.

CIORAN, Emil. Nos cumes do desespero. São Paulo: Editora Hedra, 2012 (1934).

CIORAN, Emil. O Livro das Ilusões. Rio de Janeiro: Rocco, 2014 (1936).

CIORAN, Emil. Recuperare publicistică (II). Caiete Critice, Bucureşti, n. 9, 2010a, p. 19-20.

CIORAN, Emil. Scrisori către cei de-acasă. Bucureşti: Humanitas, 2010b.

CIORAN, Emil. Silogismos da amargura. Rio de Janeiro: Rocco, 2011b (1952).

CIORAN, Emil. Solitude et destin. Paris: Arcades Gallimard, 2004.

CIRACÌ, Fabio. Mainländer, Cioran y el dios perdido. THÉMATA. Revista de Filosofía Nº 61, enero-junio (2020) pp.: 123-135. Traducción de Carlos Darío Romero y Gabriel Adelio Saia.

CONSTÂNCIO, João. On Nietzsche’s Conception of Philosophy Beyond Good and Evil: Reassessing Schopenhauer’s Relevance, In: BORN, Marcus Andreas; PICHLER, Axel. (Orgs.). Texturen des Denkens: Nietzsches Inszenierung der Philosophie in "Jenseits von Gut und Böse". Berlin, Boston: De Gruyter, 2013, pp. 145-164.

HEGEL, Friedrich. Introdução à História da Filosofia. Coimbra: Editora 70, 2006 (1805).

KANT, Immanuel. Prolegómenos a Toda a Metafísica Futura. Coimbra: Editora 70, 2020 (1783).

LEITE JUNIOR, Pedro. O Nominalismo de Guilherme de Ockham: Ontologia e Semântica. Thaumazein, Ano IV, Número 08, Santa Maria (Dezembro de 2011), pp. 29-45.

NIETZSCHE, Friedrich. Humano, demasiado humano II. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo. Companhia das Letras. 2008 (1880).

PĂTRAŞCU, Horia. “Revalorizarea Scepticismului În Opera Franceză a Lui E. M. Cioran”. Bucureşti: Rev. filos., LXIV, 3, p. 349–357, Bucureşti, 2017.

PETREU, Marta. An Infamous Past: E.M. Cioran and the Rise of Fascism in Romania. Chicago: Ivan R. Dee, 2005.

PETREU, Marta. Préface. In: CIORAN, Emil. Transfiguration de la Roumanie. Paris: L'Herne, 2009 [1936], p. 12-54.

PRATES, Rui. Cioran e o Ceticismo. Cuadernos de Pesimismo, v. 1, n. 1, p. 164–183, 6 maio 2022.

PRATES, Rui. Transfiguração: um anti-ceticismo metodológico na obra romena de Emil Cioran. UFBA, 2021, 180p.

ROTIROTI, Giovanni. Das Unbehagen In Der Kultur a lui Freud în opera lui Cioran: ecouri disonante și profunde. Bucureşti: Editura Universităţii din Bucureşti, 2020.

ROTIROTI, Giovanni. Il demone della lucidità: Il “caso Cioran” tra psicanalisi e filosofia. Soveria Mannelli: Rubbettino Editore, 2005.

RUSSELL, B. História da filosofia Ocidental. São Paulo (Sp): Companhia Editora Nacional, 1975.

SEXTUS EMPIRICUS. Esbozos Pirrónicos. Tradução: Antonio Gallego Cao; Teresa Muñoz Diego. Madrid: Editorial Gredos, 1993.

SLOTERDIJK, Peter. Cioran ou l'excès de la parole sincere. In: Tacou, Laurence; Piednoir, Vincent (Orgs.). Cahier Cioran. Paris: L'Herne, 2009, p. 232-237.

STIRNER, Max. O único e a sua propriedade. Tradução de João Barrento. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

UNAMUNO, Miguel de. Do sentimento trágico da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2019 (1912).

VALCĂN, Ciprian. Influencias culturales francesas y alemanas en la obra de Cioran. Universidad Tecnológica de Pereira. Pereira: 2016.

VOLPI, Franco. O Niilismo. São Paulo: Edições Loyola, 1999.

Publicado

2023-10-31

Cómo citar

PRATES, Rui. Contribuições de Cioran ao pensamento antidogmático. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 23, n. 3, p. 167–182, 2023. DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3465. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3465. Acesso em: 22 jul. 2024.

Número

Sección

artículos