Evans sobre Scheingedanke
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v19i2.1141Palabras clave:
Filosofia da linguagem; Teorias da referência; Pensamento singular; Evans; Frege; Epistemologia.Resumen
Gareth Evans propôs, em The Varieties of Reference, uma teoria de proposições singulares que incorporava tanto as especulações de Frege a respeito do sentido (Sinn) quanto a estrutura proposicional dependente-do-objeto de Russell. Para isso, defendeu que proposições que contém termos singulares vazios, ou seja, cujo indivíduos denotados são inexistentes, não expressam pensamentos deste tipo. Nesta situação, alguém que enuncie uma sentença que contém termos singulares vazios só pode expressar pensamentos aparentes (Scheingedanke). A interpretação de Evans foi criticada por trabalhos de filósofos como Bell (1990), Geirsson (2002) e Sainsbury (2002). Neste artigo retomarei esse debate para reavaliar as objeções ao argumento de Evans sobre o conceito de Scheingedanke. Defenderei que essas críticas, ainda que fundamentadas em uma leitura cuidadosa de Frege, são insuficientes para desqualificar a tese de Evans. Pelo contrário, sugiro que seu projeto seria melhor apreciado em um âmbito epistêmico, não puramente exegético. Essa me parece ser uma abordagem mais próxima das intenções do autor ao elaborar sua teoria sobre pensamento singular.
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