Da subjetivação opressora à emancipadora: uma possível relação entre o aceleracionismo de esquerda e o Guattari tardio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v25i3.5483

Palavras-chave:

Subjetivação; Aceleracionismo de Esquerda; Esquizoanálise; Tecnocapitalismo.

Resumo

A partir de um panorama histórico-conceitual do aceleracionismo, especialmente em suas vertentes de esquerda, propõe-se uma leitura que o relaciona com o pensamento tardio de Félix Guattari, cujo enfoque recai sobre três dimensões interdependentes: a ecologia, a subjetividade e as relações sócio-produtivas. Argumenta-se que a tecnologia, longe de ser um instrumento neutro, constitui um vetor fundamental nos processos de subjetivação, podendo operar tanto como dispositivo de controle e alienação quanto como ferramenta de reapropriação existencial e autovalorização, conforme sugere Guattari. Ao recuperar a esquizoanálise e a noção de agenciamentos coletivos de enunciação, defende-se que é possível pensar a técnica como aliada a modos de subjetivação emancipatórios e não unicamente opressores.

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Biografia do Autor

Victoria Hautz, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Doutorando(a) em Filosofia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC, Brasil.

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Publicado

2025-10-26

Como Citar

HAUTZ, Victoria. Da subjetivação opressora à emancipadora: uma possível relação entre o aceleracionismo de esquerda e o Guattari tardio. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 25, n. 3, p. 258–271, 2025. DOI: 10.31977/grirfi.v25i3.5483. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/5483. Acesso em: 29 out. 2025.

Edição

Seção

Artigos