A compartimentalização da vida em papéis sociais: estudo a partir de Alasdair MacIntyre
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v24i3.4913Palavras-chave:
Fragmentação; Papéis sociais; Responsabilidade moral; Emotivismo; Alasdair MacIntyre.Resumo
Este estudo investiga a fragmentação do self em papéis sociais e suas implicações para a responsabilidade moral, com base na filosofia de Alasdair MacIntyre. A análise se concentra na cultura contemporânea caracterizada pelo emotivismo, que dificulta o reconhecimento de um bem humano universal e o desenvolvimento da agência moral. MacIntyre critica o individualismo liberal da modernidade, sugerindo que a compartimentalização dos papéis sociais resulta em uma desordem moral, impedindo a formação de um self unificado. Ele argumenta que, ao agir conforme normas específicas de cada papel social, os indivíduos desconsideram um bem maior, exemplificado pela falta de integridade e constância, virtudes essenciais para a posse de outras virtudes. A pesquisa destaca a importância de ambientes que permitam a reflexão crítica e o desenvolvimento da agência moral. Na ausência desses ambientes, um agente moral pode falhar em reconhecer e transcender os padrões vigentes, levando a uma responsabilidade moral compartilhada pela estrutura sociocultural. MacIntyre propõe que os agentes morais devem ser responsáveis não apenas pelos seus papéis sociais, mas também como indivíduos racionais, promovendo um diálogo intersubjetivo e a busca por um bem maior para a vida humana.
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