Ácido indolbutírico como indutor de enraizamento em estacas de pequizeiro

Autores

  • Rafael Reinaldo Pains de Deus Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado)
  • Givago Coutinho Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado) http://orcid.org/0000-0001-8064-6028
  • Evaldo Tadeu de Melo Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Resumo

Resumo: Espécie típica do Cerrado brasileiro, o pequizeiro vem ganhando notoriedade devido a sua versatilidade e sabor peculiar. Contudo, o pequi consumido no país ainda é predominantemente oriundo do extrativismo, sendo necessário o desenvolvimento de técnicas que viabilizem seu cultivo de forma sustentável. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade da propagação do pequizeiro via estaquia mediante o uso de diferentes doses de ácido indolbutírico (AIB). O trabalho foi conduzido em delineamento com blocos casualizados, com quatro tratamentos (três doses de AIB: 2000, 4000, 6000 mg.L-1 e controle, sem uso do AIB) com 5 repetições e 9 estacas por repetição, totalizando 180 estacas. As características analisadas foram: percentual de sobrevivência das estacas; percentual de estacas com calos e primórdios radiculares, sendo considerados aqueles com 1 mm de comprimento; número e comprimento de raízes, levando em conta raízes que apresentaram acima de 5 mm de comprimento e número de brotações. Os resultados foram submetidos ao teste F e em seguida foram submetidos à análise de regressão e a correlação linear de Pearson. Os resultados mostraram que as doses de AIB estudadas não foram eficientes na promoção do enraizamento de estacas de pequizeiro. Contudo, à medida que ocorreu aumento nas doses de AIB, houve tendência linear no aumento das brotações nas estacas. O coeficiente de correlação apresentado entre as características número de brotações e sobrevivência de estacas foi de 0,2. Este resultado indica que o aumento no número de brotações influenciou positivamente no percentual de sobrevivência das estacas.

Palavras chave: Caryocar brasiliense Camb., Doses de AIB, Propagação Vegetativa.

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Biografia do Autor

Rafael Reinaldo Pains de Deus, Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado)

Graduando em Agronomia - UniCerrado/campus Goiatuba

Givago Coutinho, Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado)

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Uberlândia (2011), Mestrado em Agronomia pela mesma Universidade com ênfase em Fruticultura na área de propagação de fruteiras (2014). Doutor em Agronomia/Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras com ênfase em Fruticultura de Clima Temperado (2017). Atualmente é professor efetivo nível A do Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado) atuando nas áreas de Fruticultura, Propagação de Plantas, Agricultura Orgânica e Extensão Rural.

Evaldo Tadeu de Melo, Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Técnico em Agropecuária pela Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes - EAFI (2004) Graduação em Agronegócios pelo Centro Universitário UNIFEOB (2011) Doutor e Mestre em Agronomia/Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras - UFLA Técnico agrícola no Setor de Fruticultura do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras UFLA

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Publicado

2021-01-20

Como Citar

Pains de Deus, R. R., Coutinho, G., & de Melo, E. T. (2021). Ácido indolbutírico como indutor de enraizamento em estacas de pequizeiro. MAGISTRA, 31, 611–619. Recuperado de https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/magistra/article/view/4373

Edição

Seção

Artigo Científico