Superação de dormência de sementes de Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L. P. Queiroz var. ferrea

Autores

  • Ariana Veras de Araújo Universidade Federal do Ceará (UFC).
  • Monalisa Alves Diniz da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST).
  • André Pereira Freire Ferraz Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Resumo

Resumo: A presença de dormência tegumentar é uma característica de muitas espécies de Fabaceae que se desenvolvem na região semiárida. Diante disso, objetivou-se identificar o melhor tratamento pré-semeadura para superação de dormência de sementes de Libidibia ferrea. Os tratamentos foram: sementes intactas, escarificações mecânicas (lixa e punctura) na região oposta ao hilo (com e sem imersão em água por 24 h) e escarificações químicas em ácido sulfúrico (98%) por 10 e 20 minutos e soda cáustica (10 e 20%) por 10, 15 e 20 minutos. Avaliou-se emergência, índice de velocidade e tempo médio de emergência, comprimento e massa seca da parte aérea e do sistema radicular das plântulas normais. A escarificação com lixa e ácido sulfúrico promoveram os maiores valores de emergência de plântulas de Libidibia ferrea. Contudo, a soda cáustica a 10 e 20% durante 10 e 20 minutos e a punctura com pirógrafo acrescida de 24 h de imersão em água mostraram-se eficientes quanto a emergência de plântulas em relação às sementes intactas. O índice de velocidade de emergência foi de 3,1 para as sementes escarificadas e posteriormente imersas em água por 24 h. A massa seca da parte aérea não diferiu entre os tratamentos, por sua vez, a maior massa seca do sistema radicular foi verificada nas plântulas das sementes intactas. As escarificações físicas, assim como as químicas, se mostraram eficazes para superar a dormência do tegumento e aumentar a emergência de plântulas de Libidibia ferrea; contudo, recomenda-se a escarificação física com lixa na região oposta ao hilo.

 Palavras chave: Espécie florestal, Emergência de plântulas, Impermeabilidade do tegumento.

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Biografia do Autor

Ariana Veras de Araújo, Universidade Federal do Ceará (UFC).

Mestre em Produção Vegetal pela Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST) e Doutorando em Agronomia/Fitotecnia pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Monalisa Alves Diniz da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST).

Agrônoma, Drª., Professora Associada do Curso de Agronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST).

André Pereira Freire Ferraz, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Engenheiro Agrônomo, Mestre em Produção Vegetal e Doutor em Zootecnia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE/Recife

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Publicado

2018-11-30

Como Citar

Araújo, A. V. de, da Silva, M. A. D., & Ferraz, A. P. F. (2018). Superação de dormência de sementes de Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L. P. Queiroz var. ferrea. MAGISTRA, 29(3/4), 298–304. Recuperado de https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/magistra/article/view/4097

Edição

Seção

Artigo Científico