Redistribuição da água e capacidade de campo em latossolo amarelo distrocoeso

Autores

  • Felipe Gomes Frederico Silveira Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Luciano Silva Souza Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Francisco Adriano de Carvalho Pereira Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Áureo Silva de Oliveira Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Fagner Taiano dos Santos Silva Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Resumo

Resumo: A água é um dos principais fatores de formação e de intemperização do sistema solo, sendo essencial para a vida vegetal e animal, ocupando, juntamente com o ar, todo o espaço poroso existente nesse sistema. Estudos envolvendo as relações solo/água são extremamente necessários. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a redistribuição da água e a capacidade de campo (in situ e em laboratório) em diferentes horizontes de um Latossolo Amarelo Distrocoeso em Cruz das Almas, BA. No campo, medidas de potencial mátrico foram feitas com tensiômetros de mercúrio em um experimento de
determinação da condutividade hidráulica, pelo método do perfil instantâneo. Os tensiômetros foram instalados nas profundidades de 0,285, 0,525, 0,810, 1,12, e 1,30 m. A capacidade de campo foi também determinada em laboratório, utilizando tubos de plástico preenchidos com solo peneirado. Amostras de solo
foram coletadas no meio de cada horizonte, até a profundidade de 1,40 m, em duas repetições, com estrutura indeformada e deformadas, para as determinações físicas do solo. A redução do potencial mátrico ao longo do tempo foi mais lenta nos horizontes coesos AB e BA, resultando em potenciais mátricos de -4,62 kPa e -3,97 kPa nesses horizontes após 50 dias de medição, portanto bem acima dos valores recomendados de -6 kPa, -10 kPa e -33 kPa para representar a capacidade de campo. Os potenciais de -6
kPa, -10 kPa e -33 kPa foram atingidos, respectivamente, após 41, 84 e 333 dias no horizonte Bw1, 10, 41 e 221 dias no Bw2 e 1, 4 e 3.104 dias no Bw3. O critério de tempo de redistribuição da água para que o solo atinja a capacidade de campo não se aplica ao solo considerado, em função da presença de adensamento e das diferenças texturais entre horizontes. Foram encontrados potenciais matriciais variando entre -6 kPa e -36 kPa para os horizontes BA, Bw1, Bw2 e Bw3 para determinação da capacidade de campo em colunas
de solo, e de -94 kPa e -69 kPa para os horizontes Ap e AB, respectivamente.


Palavras chave: Tabuleiros Costeiros, Água no solo, Tensiômetros de mercúrio.

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Publicado

2017-05-25

Como Citar

Silveira, F. G. F., Souza, L. S., Pereira, F. A. de C., Oliveira, Áureo S. de, & Silva, F. T. dos S. (2017). Redistribuição da água e capacidade de campo em latossolo amarelo distrocoeso. MAGISTRA, 26(2), 221–230. Recuperado de https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/magistra/article/view/3977

Edição

Seção

Comunicação Científica