Caracterização de frutos, sementes e qualidade fisiológica de sementes de mungumba submetidas à secagem
Resumen
Resumo: Pachira aquatica Aubl., popular mungumba, é uma frutífera muito utilizada para arborização de muitos municípios brasileiros. Sendo o estudo de biometria de frutos e sementes importantes para diferenciar espécies dentro do mesmo gênero, e a secagem para conservar a qualidade fisiológica, o trabalho teve por objetivo estudar a biometria de frutos e sementes e a influência da secagem sobre a qualidade fisiológica de sementes de Pachira aquatica Aubl. O experimento foi conduzido no Laboratório de Sementes da UAG/UFRPE. Inicialmente, foram realizadas as medições do comprimento, largura e espessura (biometria) de 100 frutos e sementes recém-colhidos e foi calculada a frequência relativa. Posteriormente, as sementes foram secas em estufa de circulação de ar, à temperatura de30 °C pelos seguintes períodos de secagem: 0, 24, 48, 72 e 96 horas. Em seguida, sob delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições de 25 sementes cada, foram submetidas ao teste de emergência em BOD a 30 ºC e a determinação do teor de água. Foram avaliadas: porcentagem de emergência, índice de velocidade de emergência (IVE) e comprimento e massa seca de plântulas. Na biometria, os frutos se expressaram de maneira uniforme com média de8,09 cm para largura e19,65 cm para o comprimento. As sementes apresentaram distribuição assimétrica com médias de comprimento, largura e espessura, de 2,71; 2,52 e1,82 cm, respectivamente. Com relação ao processo de dessecação nos diferentes períodos, observou-se que à medida que se prolongou as horas de secagem houve à redução linear e uniforme das variáveis analisadas, sendo caracterizadas como sementes recalcitrantes.
Palavra chaves: Pachira aquatica Aubl., Biometria, Emergência.
Descargas
Citas
Alves, E.U., et al. (2008). Comportamento fisiológico de sementes de pitombeira [Talisia esculenta (A. ST. Hil) Radlk] submetidas à desidratação. Revista Brasileira de Fruticultura, 30 (2), 509-516.
Barrozo, L.M., et al. (2014). Qualidade fisiológica de sementes de ingá em função da secagem. Bioscience Journal, 30 (3), 645-654.
Berjak, P., et al. (2003). Chapter 4: Orthodox and recalcitrant seeds. In: USDA Forest service’s / reforestation, nurseries, e genetics resources. Tropical Tree Seed Manual, 4 (1), 137-147.
Bezerra, F.T.C. et al. (2012). Biometria de frutos e sementes e tratamentos pré germinativos em Cassia grandis L. f. (Fabaceae). Semina: Ciências Agrárias, 33 (1), 2863-2876.
Brasil. (2009). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília: Mapa/ACS.
Brasileiro, B.G., et al. (2011). Qualidade fisiológica de sementes de nêspera armazenadas em diferentes embalagens. Revista Brasileira de Fruticultura, 33, 686-691.
Carvalho, J.E.U. et al. (2003). Características físicas e físico-químicas de um tipo de bacuri (Platonia insignis Mart.) com rendimento industrial superior. Revista Brasileira de Fruticultura, 25 (2), 326-328.
Cruz, E.D., & Carvalho, J.E.U. (2003). Biometria de frutos e sementes e germinação de curupixá (Micropholis cf. venulosa Mart. & Eichler – Sapotaceae). Acta Amazônica, 33 (3), 389-398.
Cruz, E.D., et al. (2001). Métodos para superação de dormência e biometria de frutos e sementes de Parkia nitida Miquel. (Leguminosae – Mimosoideae). Acta Amazonica, 31 (2), 167-177.
Cruz, E. D. (2007). Drying and germination of cupuassu (Theobroma grandiflorum (Willd. Ex Spreng.) K. Schum.) seeds. Revista Brasileira de Sementes, 29 (3), 197-201.
Danner, M.A., et al. (2011). Armazenamento a vácuo prolonga a viabilidade de sementes de jabuticabeira. Revista Brasileira de Fruticultura, 33 (1), 246-252.
Farrant, J.M., et al. (1988). Recalcitrance: a Current assessment. Seed Science and Technology, 16 (1), 155-166.
Ferreira, D.F. (2014). Sisvar: a Guide for its Bootstrap procedures in multiple comparisons. Ciência e Agrotecnologia, 38 (2), 109-112.
Krzyzanoswki, F.C., et al. (1999). Vigor de sementes: conceitos e testes (218p). Londrina: ABRATES.
Kohama, S., et al. (2006). Secagem e armazenamento de sementes de Eugenia brasiliensis Lam. (Grumixameira). Revista Brasileira de Sementes, 28 (1), 72-78.
Kovach, D., & Bradford, K. J. (1992). Imbibitional damage and desiccation tolerance of wild rice (Zizania palustris) seeds. Journal of Experimental Botany, 43 (6), 747-757.
Labouriau, L.G. (1983). A germinação das sementes. Washington: Secretaria da OEA.
Laime, E.M.O., et al. (2011). Emergência e crescimento inicial de plântulas de Inga ingoides (Rich.) Willd. em função da secagem das sementes. Engenharia Ambiental, Espírito Santo do Pinhal, 8 (3), 237-250.
Lorenzi, H., et al. (2006). Frutas brasileiras e exóticas e cultivadas: (de consumo in natura). São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora.
Maguire, J. D. (1962). Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, 2 (1),176-177.
Marcos Filho, J. (2005). Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: Fundação de Estudos Agrários de “Luiz de Queiroz”.
Matthews, S. (1985). Physiology of seed ageing. Outlook of Agriculture, 14 (2), 89-94, 1985.
Nakagawa, J., et al. (2006). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES.
Nautiyal, A. R., & Purohit, A.N. (1985). Seed viability in sal. II. Physiological and biochemical aspects of ageing in seeds of Shorea robusta. Seed Science and Technology, 13 (1), 69-76.
Oliveira, A.B., et al. (2009). Emergência de plântulas de Copernicia hospita Martius em função do tamanho da sementes, do substrato e do ambiente. Revista Brasileira de Sementes, 31 (1), 281-287.
Oliveira, L.M. et al. (2011). Períodos e ambientes de secagem na qualidade de sementes de Genipa americana L. Semina: Ciências Agrárias, 32 (2), 495-502.
Pammenter, N.W., et al. (1998). Effects of differential drying rates on viability retention of recalcitrant seeds of Ekebergia capensis. Seed Science Research, 8 (4), 463-471.
Pammenter, N.W., & Berjak, P. (1999). A review of recalcitrant seed physiology in relation to dessication tolerance mechanisms. Seed Science Research, 9 (1), 13-37.
Peixoto, A.L. , & Escudeiro, A. (2002). Pachira aquatica (Bombacaceae) na obra “História dos Animais e Árvores do Maranhão” de Frei Cristóvão de Lisboa. Rodriguésia, 53 (82), 123-130.
Roberts, E.H. (1973). Predicting the storage life of seeds. Seed: Science and Technology, 1 (4), 499-514.
Rodrigues, A.C.C. et al. (2006). Biometria de frutos e sementes e grau de umidade de sementes de angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul) procedentes de duas áreas distintas. Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal, 4 (8), 1-15.
Sangalli, A., et al. (2012). Morfometria de frutos e sementes e germinação de carobinha (Jacaranda decurrens subsp. symmetrifoliolata Farias & Proença), após o armazenamento. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 14 (2), 267-275.
Santos, P.C.G., et al. (2010). Qualidade de sementes de Hancornia speciosa Gomes em função do tempo de secagem. Semina: Ciências Agrárias, 31 (2), 343-352.
Scalon, S.P.Q., et al. (2012). Sensibilidade à dessecação e ao armazenamento em sementes de Eugenia pyriformis Cambess. (Uvaia). Revista Brasileira de Fruticultura, 34 (1), 269-276.
Silva, R.S.M., et al. (2001). Caracterização de frutos e árvores de cagaita (Eugenia dysenterica DC.) no sudeste do estado de Goiás, Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, 23 (2), 330-334.
Silva, K.B., et al. (2012 a). Caracterização morfológica de frutos, sementes e fases da germinação de Pachira aquatica Aubl. (Bombacaceae). Semina: Ciências Agrárias, 33 (3), 891-898.
Silva, K.B., et al. (2012 b). Tolerância à dessecação em sementes de Bunchosia armenica (Cav.) DC. Semina: Ciências Agrárias, 33 (4), 1403-1410.
Silva, G.L., et al. (2013). Biometria e emergência de Amburana cearensis (Allemão) A. C. Smith em função da coloração do fruto. Ciência Florestal, 23 (4), 635-642.
Spinola, M.C.M. et al. (2000). Alterações bioquímicas e fisiológicas em sementes de milho causadas pelo envelhecimento acelerado. Scientia Agrícola, 57 (2), 263-270.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.