Antagonismo de isolados de Trichoderma spp. ao Sclerotinia sclerotiorum em diferentes temperaturas

Autores/as

  • Glauber Monçon Fipke Universidade Federal do Pampa
  • Juliano de Bastos Pazini Universidade Federal do Pampa
  • Luciana Zago Ethur Universidade Federal do Pampa

Resumen

Resumo: O fungo Sclerotinia sclerotiorum é um fitopatógeno causador de doença em muitas culturas. Um
dos métodos de controle é o biológico, com a utilização de fungos antagonistas, como os do gênero
Trichoderma. Embora existam produtos no mercado a base de Trichoderma spp. buscam-se isolados com
características antagônicas especificas a esse fitopatógeno. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho
foi avaliar o antagonismo in vitro de isolados de Trichoderma spp. ao S sclerotiorum, em cinco temperaturas.
Foram desenvolvidos quatro experimentos in vitro, utilizando oito isolados de Trichoderma e um de S.
sclerotiorum. O crescimento micelial dos isolados fúngicos e o confronto direto entre os isolados de
Trichoderma e do patógeno foram avaliados a 15, 22, 25, 30 e 37ºC. Avaliou-se a inibição do crescimento
micelial do fitopatógeno na presença de metabólitos voláteis e não voláteis dos isolados de Trichoderma na
temperatura de 22 ºC. As ações de antagonismo dos isolados de Trichoderma ao S. sclerotiorum ocorreram
na faixa de 22 a 30ºC, mas foram inibidas a 15 e a 37ºC. Os isolados de Trichoderma inibiram o
crescimento micelial do fitopatógeno pela liberação de metabólitos não voláteis. Portanto, conclui-se que o
isolado TI-2 de Trichoderma spp. apresenta ação antagonista ao S. sclerotiorum em diferentes temperaturas
e pode ser indicado para participar de programa de controle biológico desse fitopatógeno. Ações de
antagonismo dos isolados de Trichoderma ao S. sclerotiorum ocorrem na faixa de temperatura de 22 a
30ºC, sobretudo na maior temperatura.
Palavras chave: Antibiose, controle biológico,mofo branco.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Referências

ADAMS, P. B. e AYERS, W.A. Ecology of

Sclerotinia species. Phytopathology. Saint Paul,

v.69, n.8, p.689 – 899, 1979.

AULER, A.C.V.; CARVALHO, D.D.C. e MELLO,

S.C.M. de. Antagonismo de Trichoderma

harzianum a Sclerotium rolfsii nas culturas do

feijoeiro e soja. Revista Agro@mbiente, v. 7, p.

-365, 2013. Disponível em:

revista.ufrr.br/index.php/agroambiente.

BARROS, I.B.I. et al. Avaliação do potencial

antagônico de Trichoderma sp. em relação a

Sclerotinia minor. Anais... In: REUNIÃO ANUAL

SOBRE CONTROLE BIOLÓGICO DE DOENÇAS

DE PLANTAS, 3., 1987. São Paulo, 1987.

BELL, D.K. et al. In vitro antagonism of

Trichoderma species against six fungal plant

pathogens. Phytopathology, v.72, p.379-382,

BHARAT, R. et al. Trichoderma viride as a

mycoparasite of Aspergillus spp. Plant and Soil.

v.57, p.131-135, 1980.

BOMFIM, M. P. et al. Avaliação antagônica in

vitro e in vivo de Trichoderma spp. a Rhizopus

stolonifer em maracujazeiro amarelo. Summa

Phytopathologyca, v.36, n.1, p. 61-67, 2010.

BOOSALIS, M.C. Hiperparasitim. Annual review

of Phytopathology. v.2, p.363-375, 1963.

CLARKSON, J.P. et al. Ascospores release and

survival in Sclerotinia sclerotiorum. Mycological

Research, v. 107, p. 213-222, 2003.

DELGADO, G. V. et al. Inibição do crescimento

de Sclerotiniasclerotiorum por Trichoderma spp.

in vitro. In: Boletim de pesquisa e

desenvolvimento, n.214. Embrapa Recursos

Genéticos e Biotecnologia,12p. 2007.

DOS SANTOS, J. et al. Atividade hiperparasítica

de Trichoderma spp. sobre escleródios de

Sclerotinia sclerotiorum em solo. In: SEMINÁRIO

DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA,

, 2010. Anais...EPAMIG, 2010. Online.

Disponível em:

http://www.epamig.br/index.php?option=com_doc

man&task=cat_view&gid=121&dir=DESC&order=

date&limit=10&limitstart=10. Acesso em: 29

ago.2012.

ETHUR, L.Z. et al. Fungos antagonistas a

Sclerotinia sclerotiorum em pepineiro cultivado

em estufa. Fitopatologia Brasileira. v.30, p.127-

, 2005

FIGUÊIREDO, G.S. et al. Biological and Chemical

Control of Sclerotinia sclerotiorum using

Trichoderma spp. and Ulocladium atrum and

pathogenicity to bean plants. Brazilian Archives

of Biology and Technology, v.53, p.1-9, 2010.

JAILL, C. et al. Efecto de la temperatura sobre

el crecimiento micelial de Trichoderma

harzinum T-39 y larelación interbiótica com

Botrytis cinera procedente de tomate. 2006.

Dissertação (Mestrado) - Pontificia Universidad

Católica de Chile, Faculdad de Agronomia,

Santiago. 2006.

KLEIN, D. e EVERLEIGH, D.E. Ecology of

Trichoderma. In: KUBICEK, C. P.; HARMAN, G.

E. (Ed.). Trichoderma & Gliocladium: enzimes,

biological control and commercial

applications. London: Taylor & Francis, 1998.

Cap.1, p. 57-74.

LOBO JR, M. e ABREU, M.S. Inibição do

crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum

por metabólitos voláteis produzidos por alguns

antagonistas em diferentes temperaturas e pH’s.

Ciência Agrotécnica, Lavras, v.24, p.521-526,

LOUZADA, G.A.S. et al. Antagonist potential of

Trichoderma spp. from distinct agricultural

ecosystems against Sclerotinia sclerotiorum and

Fusarium solani. Biota Neotropica, v. 9, n. 3, p.

-149, 2009.

MACHADO, D.F.M. et al. Trichoderma no Brasil: o

fungo e o bioagente. Revista de Ciências

Agrárias, v. 35, p. 01-05, 2012.

MACHADO, D.F.M. e SILVA, A.C.F.da.

Trichoderma no controle in vitro de fungos

presentes em diásporos de Gochnatia

polymorpha. Revista de Ciências Agrárias, v.

, p. 07-09, 2013.

MIRANDA, I. et al. Aplicacion de la metodologia

de superfície respuesta em laoptimizacion del

crecimiento y esporulacion de Trichoderma sp.

Revista Protección Vegetal, v. 11, p. 99-103,

MENOLLI JÚNIOR, N. e PACCOLA-MEIRELLES,

L.D. Obtenção de linhagens de Lentinula edodes

resistentes a temperaturas elevadas e seleção de

linhagens resistentes ao Trichoderma sp. Ciência

Agrotécnica, v. 34, p. 1640-1646, 2010.

PEREIRA, et al. Estratégias de controle de mofo

branco do feijoeiro. Enciclopédia Biosfera, v.9,

p. 1354-1370, 2013.

SILVA, A.C.F. Uso de radiação gama para

obtenção de mutantes de Trichoderma

harzianum Rifai. e T. viride Pers. Fr. com

capacidade melhorada no controle de

Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary. 1997.

f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de

São Paulo, São Paulo, 1997.

SILVA, F.A.S. e AZEVEDO, C.A.V. The

ASSISTAT Software: statistical assistance. In:

INTERNATIONAL CONFERENCE ON

COMPUTERS IN AGRICULTURE, 6, 1996.

Anais... Cancun: American Society of Agricultural

Engineers, 1996. p. 294-298.

SIVAN, A. et al. Biological control effects of a new

isolate of Trichoderma harzianum on Pythium

aphanidermatum. Phytopathology, v. 74, p. 498-

, 1984.

TAMIMI, K. M. e HUTCHINSON, S. A. Differences

between the biological effects of culture gases

from several species of Trichoderma.

Transactions of the British Mycological

Society, v. 64, p. 455-463, 1975.

Publicado

2017-05-16

Cómo citar

Fipke, G. M., Pazini, J. de B., & Ethur, L. Z. (2017). Antagonismo de isolados de Trichoderma spp. ao Sclerotinia sclerotiorum em diferentes temperaturas. MAGISTRA, 27(1), 23–32. Recuperado a partir de https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/magistra/article/view/3889

Número

Sección

Artigo Científico