Morfologia do fruto, semente e desenvolvimento pós-seminal de Aechmea angustifolia Poepp. & Endl. (Bromeliaceae)

Autores/as

  • Évelin Taisa Borba dos Santos Vizentin
  • Maicon Douglas Arenas de Souza
  • Ivone Vieira da Silva

Resumen

Bromelioideae é considerado um grupo importante para a sustentação da biodiversidade. Os representantes desse grupo possuem potencial agrícola, medicinal e ornamental. Aechmea angustifolia estudada neste trabalho desperta interesse pelo exotismo, beleza e a durabilidade, no entanto há necessidade de aumentar o conhecimento sobre os aspectos da produção e propagação dessa espécie. Objetivou-se descrever a morfologia da semente e fruto, avaliar o desempenho germinativo e descrever o desenvolvimento pós-seminal dessa espécie. Para isso foram selecionados dois substratos: papel e areia. Para cada substrato utilizou-se quatro caixas gerbox contendo 25 sementes, estas foram mantidas a uma temperatura de 25º C e fotoperíodo de 12 horas. O fruto e semente da espécie apresentam tamanhos e características de cor e aroma que podem ser utilizados para a identificação da espécie. Caracteristicamente as sementes são elípticas com muita mucilagem, a germinação é epígea e o cotilédone não se desprende do tegumento. O desenvolvimento pós-seminal inicia- se do 3–5 dia demonstrado pelo rompimento dos tegumentos e protusão da raiz primária cuja coloração é esbranquiçada. As raízes adventícias crescem antes do aparecimento do eófilo, sendo que este surge entre dois a quatro dias após a germinação. A planta jovem apresenta raiz primária necrosada, sendo atuante a raiz adventícia. O hipocótilo é cilíndrico, demarcado e as folhas apresentam-se totalmente expandidas e elevadas pelos entrenós que são longos. A temperatura de 25º C favorece a germinação de sementes, sendo que no substrato papel houve maior percentual germinativo.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

BARBOSA, G. C. V. Substrato e indutores de florescimento em bromélias ornamentais. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia). Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 77p, 2007.

BARROSO, G. M.; MORIM, M. P.; PEIXOTO, A. L.; ICHASO, C. L. F. Frutos e sementes: morfologia aplicada à sistemática de dicotiledôneas. Viçosa: UFV. 443p, 1999.

BENZING, D. H. Bromeliaceae: profile of na adaptative radiation. Cambridge University Press, New York, 690p, 2000.

BRASIL, Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de sementes. Brasília: SNDA/DNDV/CLAV, 1992.

DUARTE, E. F. Caracterização, qualidade fisiológica de sementes e crescimento inicial de Dyckia goerhringii Gross & Rauh, bromélia nativa do cerrado. Tese (Doutorado em Agronomia), Universidade Federal de Goiás, Goiás, 200p, 2007.

FENNER, M.; THOMPSON, K. The ecology of seeds. Cambridge University Press, Cambridge, 2005.

FLORA BRASIL. Disponível em: http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br. Acesso em: 20 de Maio de 2014.

HARRINGTON, H. D. et L W. DURREL. Ilustrated Glossary. How to Identify Plants: 124-203, fig. 213-533. The swallow Press, Inc. Chicago. 1957.

LABOURIAU, L.G. & VALADARES, M.E.B. On the germination of seeds Calotropis procera (Ait.) Ait.f. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 48 (2), p. 263-284, 1976.

LORENZI, HARRI; MELLO FILHO, LUIZ EMYGDIO. As Plantas Tropicais de R. Burle Marx = The Tropical Plants of R. Burle Marx. Nova Odessa: Plantarum. 488p, 2001.

LOUREIRO, A. A.; DIAS, A. A.; MAGNANO, H. Vegetação e Hidrografia. In: Projeto RADAMBRASIL.V. CS-21, Juruena: MME//DNPM. 20p, 1980.

LUTHER. H. E. An alfabetical listo of Bromeliad binomial. 11º ed. The Marie Selby Botanical Gardens. The Bromeliad Society International. Sarasota 109 p, 2008.

MELO, F. P. L.; AGUIAR NETO, A. V.; SIMABUKURO, E. A.; TABARELLI, M. Recrutamento e estabelecimento de plântulas. Pp 237249. In: FERREIRA, A. G.; BORGHETTI, F. (eds.). Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre, Artmed, 2004.

MELO, M. F. F.; VARELA, V. P. Aspectos morfológicos de frutos, sementes, germinação e plântulas de duas espécies florestais da Amazônia: Dinizia excelsa Ducke (Angelim Pedra) e Cedrelinga catenaeformis Ducke (Cedrorana) Leguminosae: Mimosoideae. Revista Brasileira de Sementes, v. 28, p. 54-62, 2006.

MERCIER, H.; GUERREIRO FILHO, O. Propagação sexuada de algumas bromélias nativas da Mata Atlântica: efeito da luz e da temperatura na germinação. Hoehnea, v. 17, p. 19-26, 1990.

MOBOT, Missouri Botanical Garden, W3 Specimen Data Base, 2008. Disponível em: http://www.mobot.org/MOBOT/research/APWeb/. Acesso em: 01 Março 2015.

OLIVEIRA, R. C.; VALLS, J. F. M. Paspalum P. Pp. 191-228. In: M. G. L. WANDERLEY; G. J. SHEPHERD; A. M. GIULIETTI(eds.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. v. 1. Poaceae, São Paulo, HUCITEC, 2001.

OLIVEIRA, R. R. Importância das bromélias epífitas na ciclagem de nutrientes da Floresta Atlântica. Acta Botanica Brasilica, n. 18, p. 793-799, 2004.

PEREIRA, T.S. Bromelioideae (Bromeliaceae) Morfologia de desenvolvimento pós-seminal de algumas espécies. Arquivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, v. 29, p. 115-154, 1988.

PEREIRA, A.R.; PEREIRA, T.S; RODRIGUES, A.S. & ANDRADE, A.C.S. Morfologia de sementes e do desenvolvimento pós-seminal de espécies de Bromeliaceae. Acta Botanica Brasilica, 2008.

RADAMBRASIL. Projeto. Departamento Nacional da Produção Mineral. Levantamento de recursos naturais. Folha SC. 21 Juruena; geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e uso do potencial da terra. Rio de Janeiro: Gráfica Alvorada Ltda., 1980.

REITZ, R. Bromeliáceas e a malária – bromélia endêmica. Fl. Ilustr. Catarinense, Parte. Fasc. Brom., 518p, 1983.

SANTOS, MARIA DA GLORIA. Morfometria, desenvolvimento pós - seminal e germinação de Theobroma subincanum Martius in Buchner (Malvaceae) Cáceres: UNEMAT. 55p, 2011.

SILVA, I. V.; SCATENA, V. L. Morfologia de sementes e de estádios iniciais de plântulas de espécies de Bromeliaceae da Amazônia. Rodriguesia, v. 62, n. 2, p. 263-272, 2011.

SIQUEIRA FILHO, J.A. & MACHADO, I.C.S. 2001. Biologia reprodutiva de Canistrum aurantiacum E. Morren (Bromeliaceae) em remanescente da Floresta Atlântica, Nordeste do Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 15, p. 427-444, 2001.

SMITH, L.B.; DOWNS, R.J. Bromelioideae (Bromeliaceae). Flora Neotropica Monograph, v. 14, n.3, p.1604-1724, 1979.

STEARN, W.T. Botanical Latin. 3 ed. DAVID & CHARLES, 566 p, 1983.

TERÃO, D.; CARVALHO, A.C.P; BARROSO,T.C.S. Flores Tropicais. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnologica, p. 225, 2005.

TILLICH, H.J. Seedlings and systematics in monocotyledons. Pp 303-352. In P.J. Rudall; P.J. Cribb; D.F. Cutler & C.J. Humphries (eds.). Monocotyledons: systematics and evolution. Kew, Kew Botanic Garden, 1995.

TILLICH, H.J. Seedling diversity and homologies of seedling organs in the order Poales (Monocotyledons). Annals of Botany , v. 100, p. 1413-1429, 2007.

VIDAL, V. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica: organografia. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2000.

Publicado

2017-05-12

Cómo citar

Vizentin, Évelin T. B. dos S., Arenas de Souza, M. D., & da Silva, I. V. (2017). Morfologia do fruto, semente e desenvolvimento pós-seminal de Aechmea angustifolia Poepp. & Endl. (Bromeliaceae). MAGISTRA, 28(1), 110–118. Recuperado a partir de https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/magistra/article/view/3800

Número

Sección

Comunicação Científica