Estrutura de um fragmento florestal na microbacia do córrego Fundo, em região de ecótono Cerrado-Pantanal
Abstract
Resumo: O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro em termos de extensão, compreendendo 22% do
território brasileiro. O reconhecimento da flora, estrutura e características físicas destes locais tem grande
aplicação na definição de ecossistemas de referência em projetos de restauração florestal. Com isso, o
levantamento fitossociológico assume elevada importância para descrever as estruturas, composição e
dinâmica das espécies. O objetivo desse trabalho foi avaliar fitossociologicamente e estruturalmente um
fragmento de uma floresta estacional semidecidual na microbacia do Córrego Fundo, em Aquidauana, MS,
Brasil. Foram alocadas 8 parcelas de modo sistemático, em padrão regular, ao longo de 2 transectos. As
espécies encontradas foram identificadas de acordo com seus aspectos botânicos. A análise da estrutura
horizontal da vegetação foi baseada em parâmetros fitossociológicos, como Densidades Absoluta e
Relativa, Frequências Absolutas e Relativas, Dominância Relativa, Índice de Valor de Importância e Índice
de Diversidade de Shannon – Weaver. A espécie Magonia pubescens apresentou maior Índice de Valor de
Importância (64,52). As espécies Magonia pubescens, Miracrodruom urundeuva e Lueheae paniculata
apresentaram altos valores de densidade relativa, frequência relativa e dominância relativa. Esses
parâmetros observados são devido ao grande número de indivíduos encontrados destas espécies na área,
o que representa 57,9% do total das árvores presentes no fragmento estudado. Em relação à estrutura
vertical, o estrato superior (III) correspondeu a 50,8% das amostras, indicando uma área com grande
número de indivíduos de grande porte. O índice de diversidade de Shannon - Weaver total (H’) foi de 2,2,
caracterizando a área como de média diversidade.
Palavras chave: Fitossociologia, Floresta, Silvicultura
Downloads
References
Alvares, C. A., Stape, J. L., Sentelhas, P. C.,
Gonçalves, J. L. M., & Sparovek, G. (2014).
Köppen’s climate classification map for Brazil.
Meteorologische Zeitschrift, 22 (6), 711–728.
Brasil. Ministério do Meio Ambiente. (2014). O
Bioma Cerrado, 2014. Recuperado em 24
outubro, 2014, de
http://www.mma.gov.br/biomas/cerrado.
Dias, A. C (2005). Composição florística,
fitossociologia, diversidade de espécies arbóreas
e comparação de métodos de amostragem na
floresta ombrófila densa do parque estadual
Carlos Botelho/SP Brasil (203f). Tese de
Doutorado, Universidade de São Paulo, Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Piracicaba, SP, Brasil.
Durigan, G., Franco, G. D. C., Saito, M., &
Baitello, J. B. (2000). Estrutura e diversidade do
componente arbóreo da floresta na Estação
Ecológica de Caetetus, Gália, SP. Revista
Brasileira de Botânica. 23 (4), 369-381.
Gomide, L. R., Scolforo, J. R. S., Thiersch, C. R.
& Oliveira, A. D. (2005). Uma nova abordagem
para definição da suficiência amostral em
Fragmentos florestais nativos. Revista Cerne, 11
(4), 376-388.
Kunz, S. H., Ivanauskas, N. M., Martins, S. V.,
Stefanello, D., & Silva, E. (2014). Fitossociologia
do componente arbóreo de dois trechos de
floresta estacional perenifólia, Bacia do rio das
Pacas, Querência – MT. Ciência Florestal, 24
(1),1-11.
Lamprecht, H. (1964). Ensayo sobre unos
métodos para el análisis estructural delos
bosques tropicales. Acta Científica Venezolana.
(2), 57-65.
Longhi, S. J., Nascimento, A. R. T., Fleig, F. D.,
Della-Flora, J. B., Freitas, R. A., & Charão, L.W.
(1999). Composição florística e estrutura da
comunidade arbórea de um fragmento florestal no
município de Santa Maria – Brasil. Ciência
Florestal. 9 (1),115–133.
Lorenzi, H. J. (2002). Árvores brasileiras – Manual
de identificação e cultivo de plantas arbóreas
nativas do Brasil.(v.2, 351p). Nova Odessa:
Instituto Plantarum.
Martins, F. R. (1991). Atributos de comunidades
vegetais. Quid Teresina, 9, 12-17.
Mueller-Dombois, D., & Ellenberg. (1974). H.
Aims and methods of vegetation ecology. New
York: Willey,. 574 p.
Nascimento, A., R., T., Longhi, S. J., & Brena, A.
D. (2001). Estrutura e padrões de distribuição
espacial de espécies arbóreas em uma amostra
de Floresta Ombrófila Mista em Nova Prata, RS.
Ciência Florestal, 11 (1), 105-119.
Nóbrega, A. M. F., Valeri, S. V. Paula, R. C. &
Silva, S. A. (2008). Regeneração natural em
remanescentes florestais e áreas reflorestadas da
várzea do rio Mogi-Guaçu, Luiz Antônio – SP.
Revista Árvore, 32 (5), 909-920.
Pereira-Silva, E. F. L., Santos, J. E., Kageyama,
P. Y., & Hardt, E. (2004). Florística e
fitossociologia dos estratos arbustivos e arbóreo
de um remanescente de cerradão em uma
Unidade de Conservação do Estado de São
Paulo. Revista Brasileira de Botânica. 27 (3),
-544.
Rego, N. H. (2008). Variação da estrutura da
vegetação arbórea em uma topossequência em
um vale da Serra de Maracaju, Aquidauana, MS..
f. Tese (Doutorado em Agronomia).
Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita
Filho”, São Paulo, SP, Brasil.
Santos-Diniz, V. S., Silva, A. R. L., Rodrigues, L.
D. M., & Cristofoli, M. (2012). Levantamento
florístico e fitossociológico do Parque Municipal
da Cachoeirinha, Município de Iporá, Goiás.
Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer
- Goiânia, 8 (14), 1310-1322.
Scolforo, J.R.S. (1998). Manejo florestal (438p).
Lavras: UFLA/FAEPE.
Silva, L. A., & Scariot, A. (2004). Composição e
estrutura da comunidade arbórea de uma floresta
estacional decidual sobre afloramento calcário no
Brasil Central. Revista Árvore, 28 (1), 69-75.
Vendramini, J. L., Jurinitz, C. F., Castanho, C. T
de, Lorenzo, L., & Oliveira, A. A. de. (2012).
Litterfall and leaf decomposition in foresty
fragments under diferent successional phases on
the Atlantic Plateau of the state of São Paulo,
Brazil. Biota Neotrópica, 12 (3), 136-146.
Whittaker, R. H. (1972). Evolution and
measurement of species diversity. Táxon, New
York, (2), 213-251.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.