Caracterização bromatológica de alimentos não convencionais utilizados na alimentação animal
Resumo
Resumo: O objetivo com o estudo foi realizar a caracterização bromatológica de alimentos não convencionais utilizados na alimentação animal. Amostras de beldroega, ora-pro-nóbis e semente de jaca foram coletadas e submetidas à análise de matéria seca (MS),matéria mineral (MM), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA). Calculou-se o teor de nutrientes digestíveis totais (NDT) e de carboidratos não fibrosos (CNF). A beldroega e a ora-pro-nóbis são semelhantes na constituição da MM, enquanto a semente de jaca apresentou menor teor. A concentração de PB, EE, FDN e FDA foi maior na beldroega. A semente de jaca apresentou maior concentração de MS e de NDT, seguida da ora-pro-nóbis e beldroega, bem como de CNF, seguida da ora-pro-nóbis e beldroega. Os alimentos não convencionais apresentam boa composição nutricional, porém, os níveis de FDN e FDA podem comprometer a digestibilidade para animais não ruminantes.
Palavras chave: Beldroega, Ora-pro-nóbis, Semente de jaca
Downloads
Referências
Acedo, J. Z., Reyes, C. T., & Rodriguez, E. B. (2012). Health-promoting lipids from purslane (Portulaca oleracea L.): Isolation, Characterization, Quantification and In Vivo Assay of Angiogenic Activity. Philippine Agricultural Scientist, 95 (4), 327-334.
Almeida, M. E. F., et al. (2014). Caracterização química das hortaliças não convencionais conhecidas como ora-pro-nobis. Bioscience Journal, 30 (suppl. 1), 431 - 439.
Almeida, M. E. F., & Corrêa, A. D. (2012). Utilização de cactáceas do gênero Pereskia na alimentação humana em um município de Minas Gerais. Ciência Rural, 42 (1), 751- 756. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-84782012000400029
Barbosa, H. P., et al. (2019). Composição bromatológica de plantas da Caatinga do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 6 (14),
-871.
Becker Kelen, M. E., et al. (Org.) (2015). Plantas alimentícias não convencionais (PANCs): hortaliças espontâneas e nativas (44p). Porto Alegre: UFRGS.
Botrel, N., et al. (2020). Valor nutricional de hortaliças folhosas não convencionais cultivadas no Bioma Cerrado. Brazilian Journal of Food Technology, 23, e2018174. DOI: https://doi.org/10.1590/1981-6723.17418.
Cappelle, E. R., et al. (2001). Estimates of the energy value from chemical characteristics of the feed stuffs. Revista Brasileira de Zootecnia, 30 (6), 837-1856.
Damodaran, S.; Parkin, K. L., & Fennema, O. R. (2010). Química de Alimentos de Fennema (4. ed., 900p). Porto Alegre: Artmed.
Detmann, E., et al. (2012). Métodos para análise de Alimentos - INCT - Ciência Animal (2 ed., 214p). Visconde do Rio Branco: Suprema.
Gupta, D., et al. (2011). Phytochemical, nutritional and antioxidant activity evaluation of seeds of jackfruit (Artocarpous heterolphyllus Lam.). International Journal of Pharma and Bio Sciences, 2 (4), 336-345.
Landim, L. B., et al. (2012). Formulação de Quibes Com Farinha de Semente de Jaca. Revista UNOPAR Científica Ciências Biológicas e da Saúde, 14 (2), 87-93.
Magalhães, R. O., et al. (2011). Avaliação físico-química de folhas de ora-pro-nóbis obtidas de plantas catalogadas no município de Uberlândia, MG. In: Anais do Seminário de Iniciação Científica, Uberlândia, MG, Brasil, 1.
Medeiros, S. R., & Marino, C. T. (2015). (Ed.). Valor nutricional dos alimentos na nutrição de ruminantes e sua determinação (Cap. I, p.1-15). In: Medeiros, S. R.; Gomes, R. C., & Bungenstab, D. J. (Orgs.) Nutrição de bovinos de corte: fundamentos e aplicações. Campo Grande, MS: Embrapa Gado de Corte.
Nascimento, M. R. F. (2014). Caracterização e aproveitamento das farinhas dos caroços de abacate (Persea gratíssima Gaertner f.), jaca (Artocarpusheterophyllus L.) e seriguela (Spondias purpúrea L.) para elaboração de biscoitos tipo cookies. Tese de Doutorado, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Nemzer, B., Al-Taher, F., & Abshiru, N. (2020). Phytochemical composition and nutritional value of different plant parts in two cultivated and wild purslane (Portulaca oleracea L.) genotypes. Food chemistry, 320, 126621. DOI: 10.1016/j.foodchem.2020.126621
Ocloo, F. C. K., et al. (2010).Physico‐chemical, functional and pasting characteristics of flour produced from Jackfruits (Artocarpus heterophyllus) seeds. Agriculture and biology journal of North America, 1 (5), 903-908.
Oliveira, D. C. S., et al.(2013). Composição mineral e teor de ácido ascórbico nas folhas de quatro espécies olerícolas não-convencionais. Horticultura Brasileira, 31(3), 472-475.
Oliveira, B. L. N., et al. (2020). Potential of using Portulaca oleareca in the development of products for people with autism spectrum disorder- TEA. Research, Society and Development, 9 (10), e4939108906.
Paulucio, V. A., et al. (2014). Produção de sementes e mudas como fontes protéicas alternativas na alimentação animal: cartilha para agricultores (29p). Espírito Santo: CAUFES.
Pereira, L. G. R., et al. (2007). Composição bromatológica e cinética de fermentação ruminal in vitro da jaca dura e mole (Artocarpusheterophyllus). Petrolina: Embrapa Semiárido
Queiroz, C. R. A. A. (2012). Cultivo e composição química de Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Mill.) sob déficit hídrico intermitente no solo. Tese de doutorado, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São Paulo, SP, Brasil.
Rostagno, H. S., et al. (2024). Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais (4. ed.). Viçosa: UFV/DZO.
Silva, D. B., et al. (2010). Proteína bruta e teor de minerais em duas espécies de ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Mill. e P. grandifolia Haw). In: Anais do Congresso Brasileiro de Gastronomia, Brasília, DF, Brasil, 3.
Silva, L. P. F. R., et al. (2022). Produção e efeito da germinação em sementes de jaca: caracterização química, física e físico-química. Revista de Ciências Agrárias, 45 (1-2), 51-62.
Silva, D. J., & Queiroz, A.C. (2002) Análises de alimentos (métodos químicos e biológicos) (3.ed .,235p) Viçosa: UFV.
Sousa et al. (2022). (Ed.). Aspecto químico e bioativadade da jaca (Artocarpusheterophyllus): uma revisão (p.196). In: Medeiros, J. A., & Niro. C. M. (Orgs) Pesquisas e atualizações em ciência dos alimentos. Anais: Congresso Brasileiro de Ciência dos Alimentos. Rio Grande do Norte: Agron food academy, 2.
Souza, J. V. A., Liberato, M. C. T. C., & Teixeira, L. D. S. (2021). Do mato à mesa: um estudo bibliográfico acerca do potencial nutricional das plantas alimentícias não convencionais: Portulaca oleracea L. e Tropaeolummajus L. Brazilian Journal of Development, 7 (4), 40017-40040.
Takeiti, C.Y., et al. (2009). Nutritive evaluation of a non-conventional leafy vegetable (Pereskia aculeata Miller). International Journal of Food Sciences and Nutrition, 60 (suppl. 1), 148-160.
Uddin, M. D.K., et al. (2014). Purslane weed (Portulaca oleracea): a prospective plant source of nutrition, omega-3 fatty acid, and antioxidant attributes. The Scientific World Journal, 1-6.DOI: http://dx.doi.org/10.1155/2014/951019.
Valadares Filho, S.C., et al. (2018). CQBAL 4.0. Tabelas Brasileiras de Composição para Ruminantes. Disponível em: www.cqbal.com.br
Vazhacharickal, P. J., et al. (2015). Chemistry and medicinal properties of jackfruit (Artocarpus heterophyllus): A Review on current status of knowledge. International Journal of Innovative Research and Review, 3 (2), 83-95.
Viana, M.M. S., et al. (2015). Composição fitoquímica e potencial antioxidante de hortaliças não convencionais. Horticultura Brasileira, 33 (4), 504-509.
Zhou, Y. X., et al. (2015). Portulaca oleracea L.: a review of phytochemistry and pharmacological effects. BioMed Research International. DOI: http://dx.doi.org/10.1155/2015/925631
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.