A cura em Kemet entre 1700 e 1500 a. C.

anotações, caracterização e conteúdo do papiro de Edwin Smith

Autores

  • Wilson Oliveira Badaró UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Palavras-chave:

Egito Antigo. História da África. História Antiga. Práticas de cura no Egito Antigo. Egiptologia

Resumo

Entre 1700 e 1500 a. C. os egípcios recompilavam um importante documento de práticas de curas que lançou essas ações para a posteridade – o papiro de Edwin Smith. O documento histórico em questão traz uma leitura diferente da tradicionalmente veiculada pela historiografia nacional onde a medicina egípcia está perpassada de práticas mágicas, místicas e/ou supersticiosas. A proposta de apresentar um documento que contraria tais assertivas sugere chamar a atenção para as distintas possibilidades e dinâmicas proporcionadas pela multiplicidade de práticas médicas disponíveis nesse contexto. Medicina, farmacologia, magia curativa, sacerdócio de Sekhmet são apenas algumas das dimensões da cura dentro da antiga sociedade nilótica discutida. Usando o método hermenêutico como base para a leitura da fonte apresentamos o papiro de Edwin Smith que fora criado supostamente entre os anos de 2.700 e 2.500 a. C. e traz uma organização elementar altamente cirúrgica dentro da estrutura da medicina egípcia. Assim, esse documento aciona a possibilidade de pensar que a medicina egípcia não dependia exclusivamente dos ritos e recitais mágicos pensados anteriormente ampliando debates históricos quase cristalizados.

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Publicado

2018-12-31