Narrativa sobre uma professora leiga, através da memória de seus ex-alunos, contribuição para a história local.
Palavras-chave:
História da Educação. Professora Leiga. Biografia. Cachoeira. MemóriaResumo
Este artigo tem como objetivo apresentar um delineamento sobre a pesquisa biográfica da trajetória de vida de uma professora leiga[1], que viveu em uma cidade interiorana no Nordeste brasileiro. Tendo o enfoque da fundação o entre as décadas de 1920 e 1930, o Educandário Santo Antônio, de propriedade da pesquisada e que ficou em atividade até a década de 1980, na cidade de Cachoeira/BA. A metodologia utilizada foi a História Oral, através da realização de entrevistas concedidas, entre 2015 e 2016, por ex-alunos da professora. Essas narrativas serviram como inspiração para juntar as histórias sobre a vida e as práticas educacionais utilizadas no decorrer da vida da professora em questão. Como também utilizamos, além das entrevistas, outras fontes como documentos dos arquivos familiares da professora e dos ex-alunos documentos oficiais e a legislação do período. As literaturas utilizadas para embasar este estudo foram: BASTOS (2003),, bem como, copilado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de minha autoria em 2017. No decorrer das narrativas sobre a história de vida e docente, podemos compreender a metodologia da professora leiga, possibilitando compreender sua trajetória profissional ao longo de sua vida. Evidenciamos através dessas narrativas, a mulher que mesmo diante das particularidades de um período patriarcal, ousou em ser independente, na cidade efervescente e interiorana de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia. [1] Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 4024/1961– Define no Art. 57. A formação de professores, orientadores e supervisores para as escolas rurais primárias poderá ser feita em estabelecimentos que lhes prescrevem a integração no meio. Um professor leigo é aquele que não tem formação específica para atuar na sua área, ou seja, sem o Magistério.