A COMPAIXÃO NA POLÍTICA – O CASO DOS JUSTOS ENTRE AS NAÇÕES

Autores

  • Michel Ehrlich UFPR

Palavras-chave:

Justos entre as nações, Holocausto, Compaixão, Resistência, Ação Política.

Resumo

Esse artigo procura discutir as motivações das ações dos chamados Justos entre as nações, pessoas não-judias que se arriscaram para salvar judeus durante a Shoah[1]. Esses indivíduos não têm necessariamente características em comum em relação à condição social, instrução ou origem. Ainda assim, compartilham de um mesmo conjunto de sentimentos que os motivam a contrariarem a inércia da maioria da população. Seguindo os conceitos de d’Allones[2], defendemos que o sentimento por trás dessas ações, mais que piedade, é compaixão. A partir de análise bibliográfica e de casos de Justos, apontamos para a importância de uma marginalidade social (não necessariamente econômica) presente em muitos Justos que permitia que se solidarizassem com os judeus perseguidos e estivessem menos sujeitos às pressões sociais de adesão e obediência ao nazismo.


[1] Termo hebraico para se referir ao Holocausto – o extermínio de cerca de 6 milhões de judeus, além de ciganos, negros, homossexuais, deficientes físicos e mentais e outras minorias, pelo regime nazista (1933-1945)

[2] D’ALLONES, Myriam R. O Homem Compassional. Lisboa: Lema d’Origem, 2008

                                                                                                                                               

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Publicado

2016-12-31