A fala e a escrita na concepção de linguagem de Rousseau

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v19i2.987

Palavras-chave:

Rousseau; Musica; Língua; Escrita.

Resumo

A história da linguagem adquire ao longo do Ensaio sobre a origem das línguas o andamento de uma queda acelerada na corrupção. Há uma língua primitiva que se degenera e se altera: um processo de formação e uma deformação. À medida que Rousseau identifica em suas reflexões – seja na origem seja na estrutura – música e linguagem, a perda de força expressiva que se verifica nas línguas acomete também a música e estas duas corrupções caminham juntas, de modo que ambas se afastam da língua musicada ou da palavra cantada do início. A corrupção da música e das línguas corresponde ao apagamento de sua potência expressiva e refere-se a uma autonomização da harmonia artificial, ao aumento das consoantes, das articulações, da racionalidade, da prática da escrita, bem como ao desenvolvimento histórico, político, econômico e social. Todos estes processos devem ser levados em consideração numa análise sobre as línguas e a linguagem. Todavia, é possível isolar metodologicamente cada um deles. Dito isto, propomos neste artigo investigar o papel da escrita no processo de corrupção e degeneração das línguas.

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Biografia do Autor

Mauro Dela Bandera Arco Júnior, Universidade de São Paulo (USP)

Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), São Paulo – SP, Brasil.

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Publicado

2019-06-13

Como Citar

ARCO JÚNIOR, Mauro Dela Bandera. A fala e a escrita na concepção de linguagem de Rousseau. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 19, n. 2, p. 41–50, 2019. DOI: 10.31977/grirfi.v19i2.987. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/987. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos