Entre Kierkegaard e Heidegger: uma reflexão sobre o sentido da angústia
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v18i2.898Palavras-chave:
Angústia; Liberdade; Ontologia fundamental.Resumo
O presente trabalho tem como objetivo central indicar alguns pontos de aproximação e distinção entre o sentido atribuído por Kierkegaard à angústia na obra O conceito de angústia, e o modo pelo qual Heidegger aborda tal conceito no âmbito da analítica existencial desenvolvida em Ser e tempo. Muito embora seja possível apontar inegáveis semelhanças no modo pelo qual os dois autores compreendem o fenômeno da angústia, algumas distinções podem ser feitas se analisados os contextos a partir dos quais os pensadores se ocuparam do tema em questão. Enquanto que para Kierkegaard a angústia é vista em estrita relação com o pecado, a fé e a liberdade, Heidegger busca atribuir ao fenômeno do angustiar-se um sentido ontológico, inscrito no projeto da ontologia fundamental, a partir do qual torna-se possível ao Dasein ser livre para escolher a si mesmo, e assim assumir o modo próprio de ser.
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