Conhecimento científico e filosofia: uma discussão sobre o materialismo de identidade a partir da fenomenologia de Husserl
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v14i2.721Palavras-chave:
Materialismo; Mente; Cérebro; Consciência; Neurociência.Resumo
Na contemporaneidade, os debates na área da filosofia da mente no que tange ao cérebro e sua relação com a mente, predominantemente tem seguido os cânones da perspectiva materialista, representada pelas ciências empíricas, sobretudo pela neurociência. É tendo em vista esse tipo de abordagem, frente a um problema tão intrigante que, nesse artigo, pretendemos, por meio das categorias da fenomenologia de Husserl, analisar criticamente os argumentos de uma vertente do materialismo muito discutida no âmbito da filosofia da mente, a saber, o materialismo de identidade. Esse artigo encontra-se organizado e estruturado em torno de dois grandes momentos. Em primeiro lugar, o nosso objetivo consiste em demostrar quais são os aspectos mais relevantes que fundamentam as posições do materialismo de identidade no que diz respeito aos estudos sobre o problema mente e cérebro. Em seguida, a partir dos pressupostos teóricos da fenomenologia de Husserl, o nosso objetivo é demonstrar possíveis lacunas e inconsistências quanto a esse tipo de materialismo.
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