A experiência do tempo no expressionismo musical de Schoenberg, segundo Adorno

Autores

  • Philippe Curimbaba Freitas Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v9i1.600

Palavras-chave:

Música expressionista; Temporalidade; Trabalho temático; Harmonia.

Resumo

O presente artigo pretende sustentar que o diagnóstico adorniano sobre perda da experiência qualitativa do tempo no expressionismo de Schoenberg pode ser desdobrado a partir da mobilização de dois conceitos da musicologia: o trabalho temático e a harmonia tonal. Ambos os conceitos estão associados a procedimentos compositivos em virtude dos quais logrou-se, na música anterior ao expressionismo, uma continuidade temporal que obedecia a uma necessidade, isto é, não contingente, ou fortuita. A dissolução da continuidade temporal na obra expressionista de Schoenberg é, portanto, resultado do abandono destes mesmos procedimentos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Philippe Curimbaba Freitas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Bacharel em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), São Paulo – Brasil, mestre em música pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), São Paulo – Brasil, Professor de filosofia da Universidade Federal de São Paulo ( UNIFESP), São Paulo – Brasil.

Referências

ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Trad. Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985.

ADORNO, Theodor. Obra Completa. v. 16: Escritos musicales I – III. Madrid: Akal, 2006.

ADORNO, Theodor. Ensayo sobre Wagner. In: Obra Completa. v. 13: Monografias musicales. Madrid: Akal, 2008.

ADORNO, Theodor. Obra Completa. v. 12: Filosofia de na nueva música. Madrid: Akal, 2009a.

ADORNO, Theodor. Sobre el carácter fetichista de la música y la regresión de la escucha. In: Obra Completa v. 14: Disonancias / Introducción a la sociología de la música. Madrid: Akal, 2009b.

DAHLHAUS, Carl. Para a fenomenologia da música. In: Estética musical. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 2003.

HANSLICK, Eduard. Do belo musical. Um contributo para a revisão da estética da arte dos sons. Covilhã: Lusofonia, 2011.

MENEZES, Flo. Apoteose de Schoenberg. Cotia: Ateliê Editorial, 2002.

STUCKENSCHMIDT, Hans Heinz. Arnold Schoenberg. Trad. Hans Hildenbrand. Fayard, 1993.

Downloads

Publicado

2014-06-15

Como Citar

FREITAS, Philippe Curimbaba. A experiência do tempo no expressionismo musical de Schoenberg, segundo Adorno. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 55–65, 2014. DOI: 10.31977/grirfi.v9i1.600. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/600. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos