A pintura como voz do silêncio: Merleau-Ponty crítico de Malraux
DOI:
https://doi.org/10.31977/grirfi.v25i3.5357Palavras-chave:
Merleau-Ponty; Malraux; pintura; estilo; sentido.Resumo
O artigo explora a crítica de Merleau-Ponty à concepção de história da arte e de criação artística defendidas por André Malraux, com foco especial no tema da pintura. O cerne dessa análise reside na oposição merleau-pontiana à noção de um "espírito” na arte em Malraux, responsável por sua unidade e seus desdobramentos. Em Merleau-Ponty, em seu texto sobre A linguagem indireta e as vozes do silêncio, a unidade da pintura parece emergir da intencionalidade expressiva brotando da intrincada relação do artista com o mundo e com a tradição pictórica em suas possibilidades abertas. Se em Malraux a voz do silêncio ecoando na pintura é aquela de um espírito guiando a criação do artista em um caminho além da contingência e com uma historicidade própria, em Merleau-Ponty essa voz é aquela das relações tácitas e enleadas que existem entre o artista e o mundo, das quais a criação artística é possibilidade e desvelamento.
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Referências
JOHNSON, Galen A. The Merleau-Ponty aesthetics reader. Evanston: Northwestern University Press, 1993.
MALRAUX, André. As vozes do silêncio. v. 2. Lisboa: Livros do Brasil, s.d.
MERLEAU-PONTY, Maurice. A linguagem indireta e as vozes do silêncio. In: Os pensadores, v.XLI. São Paulo: Abril Cultural, 1975.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Œuvres. Maleherbes: Éditions Gallimard, 2010.
MERLEAU-PONTY, Maurice. A linguagem indireta e as vozes do silêncio. In: O olho e o espírito. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
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