Subjetividade, liberdade e ação: aproximações entre a ontologia fenomenológica de Sartre e o idealismo transcendental de Fichte
DOI :
https://doi.org/10.31977/grirfi.v16i2.777Mots-clés :
Fenomenologia; Filosofia transcendental; Idealismo; Liberdade; Subjetividade.Résumé
O artigo visa encontrar pontos de aproximação da definição de subjetividade que Sartre expõe em O ser e o nada à correlata conceituação de Fichte na Doutrina-da-Ciência. Para tanto, a estratégia aqui adotada, primeiramente, é a de analisar como a noção de Eu enquanto fundamento surge no pensamento fichteano e culmina em uma teoria da razão prática que implica no primado ontológico da ação. A partir disso, será possível traçar certos pontos de convergência (e divergência) com a operação sartriana de fundamentação do cogito em uma ordem pré-reflexiva, cujo desdobramento se aproxima daquele traçado por Fichte. Numa palavra, o intuito é mostrar como o pensamento de ambos os autores resulta em uma filosofia prática cujo leitmotiv é o expurgo a qualquer índice de reificação da consciência, logo, na proclamação da liberdade absoluta do sujeito.
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