Nietzsche e Derrida em torno do pathos do perdão
DOI :
https://doi.org/10.31977/grirfi.v16i2.761Mots-clés :
Perdão; Graça; Autossupressão; Diferenciação.Résumé
O objetivo do artigo é analisar a aproximação temática do pathos do perdão em Nietzsche e Derrida, vinculando ambos os autores por meio do registro teórico da extramoralidade do perdão. A tese a se sustentar é que tanto Nietzsche quanto Derrida explicam o tema do pathos do perdão, por um lado, em um horizonte em que não cabem mais as ferramentas do cálculo ou da normalização para investigar o perdão, na medida em que esse conceito tem de ser situado para além da esfera moral, jurídica, religiosa, ou mesmo da justiça punitiva e, por outro lado, distanciam-se de uma tradição reconciliatória em proveito de uma práxis de diferenciação. Para isso, o texto percorre dois movimentos: por um lado, a problematização do tema em Nietzsche, enfatizando a estratégia argumentativa da genealogia e a figura de pensamento do indivíduo soberano e, por outro lado, a herança nietzscheana para Derrida e suas aproximações com o tema do perdão.
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