Os direitos humanos e o mundo multipolar: entre o universalismo e o pluralismo

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.31977/grirfi.v14i2.712

Mots-clés :

Direitos humanos; Cosmopolitismo; Multipolaridade; Pluralismo.

Résumé

O presente artigo examina a relação entre as noções de direitos humanos e a política democrática em face de sua fundamentação filosófica, tendo em vista a noção do que se convencionou chamar de Nova Ordem Mundial. Nesta perspectiva, apresenta-se, pelas lentes da teoria da Democracia radical e plural, postulada por Chantal Mouffe, as condições para se pensar uma ordem baseada na concepção chave do pluralismo. Para tanto, problematiza-se os principais argumentos da versão cosmopolita diante do pressuposto de pretensões de validade universal, marcadamente presentes no pensamento de Jürgen Habermas enquanto obstáculo a uma política legítima dos direitos humanos. Esta leitura contribui para compreender as possibilidades dos avanços teóricos proporcionados pelo projeto multipolar proposto por Chantal Mouffe e identifica os principais obstáculos e meios possíveis para pensar uma política dos direitos humanos.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur

Rita de Cássia Ferreira Lins e Silva, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

Doutoranda em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), Paraná – Brasil. Bolsista Capes.

Références

BOBBIO, Norberto. Sobre el fundamento de los derechos del hombre. In: El tiempo de los derechos. Madrid: Sistema, 1991.

CASSIARI, Massimo. Digressoni su Impero e ter Rome. In: H. Frise; A. Negri; P. Wagner (eds). Europa política ragioni di una necessita. Roma: Manifestolibri, 2002.

DOUZINAS, Costas. Os paradoxos dos direitos humanos. Tradução de Caius Brandão. Revista Anuário. Pensar os direitos humanos: desafios à educação nas sociedades democráticas, v. 1, n.1, 2001.

DOUZINAS, Costas. O fim dos direitos humanos. Tradução de Luzia Araújo. São Leopoldo: Unisinos, 2009.

ENZENSBERGER, Hans Magnus. Visões da guerra civil. In: Guerra civil. São Paulo: Cia das Letras, 1995.

GUNTHER, Klaus. Der Sinn für Angemessenheit. Anwendungsdiskurse. In Moral und Recht. Frankfurt: Suhrkamp, 1988.

HABERMAS, Jurgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Tradução de Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997.

HABERMAS, Jurgen. A inclusão do outro. Estudos de teoria política. Tradução de George Sperber e Paulo Astor Soethe. São Paulo: Loyola, 2002.

KERSTING, Wolfgang. Em defesa de um universalismo sóbrio. In: ____. Universalismo e direitos humanos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.

LÈVINAS, Emmanuel. Totalidad e infinito. Ensayo sobre la exterioridad. 2. ed. Salamanca: Sígueme, 1987.

LÈVINAS, Emmanuel. Humanismo do outro homem. Tradução de Pergentino S. Pivato. Petrópolis: Vozes. 1993.

MOUFFE, Chantal; LACLAU, Ernesto. Hegemonía y estrategia socialista. Hacia una radicalización de la democracia. Madrid: Siglo XXI, 1987.

MOUFFE, Chantal. El retorno de lo político. Comunidade, ciudadanía, pluralismo e democracia radical. Traducción de Marco Aurelio Galmarini. Buenos Aires: Paidós, 1999.

MOUFFE, Chantal. La paradoxa democrática. Traducción de Tomás Fernández e Beatriz Equibar. Barcelona: Gedisa, 2003.

MOUFFE, Chantal. En torno a lo político. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2009.

SCHMITT, Carl. The concept of the political. New Brunswick: Rutgers, 1976.

STATEN, Henry. Wittgenstein and Derrida. Lincoln: University of Nebraska Press, 1984.

Téléchargements

Publiée

2016-12-18

Comment citer

SILVA, Rita de Cássia Ferreira Lins e. Os direitos humanos e o mundo multipolar: entre o universalismo e o pluralismo. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 288–299, 2016. DOI: 10.31977/grirfi.v14i2.712. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/712. Acesso em: 4 déc. 2024.

Numéro

Rubrique

Artigos