A felicidade utilitarista de John Stuart Mill

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DOI :

https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3156

Mots-clés :

Mill; Utilitarismo; Felicidade; Prazer; Moral.

Résumé

Para John Stuart Mill prazer e felicidade não são a mesma coisa, pois uma determinada quantidade de prazer desfrutado não significa necessariamente que a pessoa alcance a felicidade na mesma proporção. A felicidade seria um apanhado geral de bem estar presente não apenas no indivíduo, mas em toda a sociedade na qual ele vive. Desta forma Mill compreende que não pode haver uma sociedade onde todos os indivíduos tenham uma quantidade ilimitada de prazeres e que sendo assim existiram pessoas sofrendo e infelizes dentro da sociedade. Contudo essa situação se alterna com o tempo entre os indivíduos, e seu ponto de vista valoriza o somatório do bem estar presente entre todas as pessoas, levando ao seu princípio da maior felicidade. Felicidade esta que não é igual a presente na escola das virtudes ou mesmo na deontológica, ela se diferencia por abordar outras questões como a razão para promover o bem, a implementação do princípio da prevenção de danos, da ajuda aos inocentes e a consideração de que os números efetivamente contam, ou seja, sua preocupação vai além do aspecto individual. Para tanto, a felicidade não pode estar desvinculada da moralidade, assim a análise das consequências das ações em pro da maior felicidade não deve contrapor os princípios morais da sociedade humana. Esses princípios morais servem como um guia para o julgamento das ações humanas, que por sua vez se são considerados corretos e bons, tendem ao caminho do prazer e consequentemente da felicidade do ponto de vista utilitarista de Mill.

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Biographie de l'auteur

Léo Spagnolo, Universidade de Caxias do Sul (UCS)

Doutorando(a) em Filosofia na Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul – RS, Brasil. Bolsista PROSUC/CAPES Modalidade II.

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Publiée

2023-02-26

Comment citer

SPAGNOLO, Léo. A felicidade utilitarista de John Stuart Mill. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 23, n. 1, p. 245–258, 2023. DOI: 10.31977/grirfi.v23i1.3156. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3156. Acesso em: 3 juill. 2024.

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