As heterotopias

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DOI :

https://doi.org/10.31977/grirfi.v22i3.3019

Mots-clés :

Filosofia Pós-Colonial; Filosofia Experimental Brasileira; Filosofia Contemporânea

Résumé

Na pós-colônia, a ingovernabilidade depende daqueles que aparecem onde não deviam aparecer, e falam sem autorização para falar. Depende, a rigor, da existência de heterotopias. A questão da espectralidade é, enquanto questão filosófica, a de nossa relação com esses espaços onde os mortos podem estar em aliança com os vivos. Mas os espectros não estão inteiramente aqui, ainda que nos movam, ainda que coloquemos nosso corpo à disposição para que eles possam falar em justiça. Há uma ruptura com o acúmulo da “memória pela memória”, com o desejo de “saber para que o passado não se repita”. No lugar disso, falar aos espectros, como forma de vitalizar uma luta, anônima e continuada, pela terreirização de nossos corpos através da ritualização desses espaços. Desse mesmo estoque de pólvora decorre a dose de liberdade excedida que comandou a luta dos nossos ancestrais contra a escravidão.

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Biographie de l'auteur

Claudio Medeiros, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutor(a) em Filosofia  pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Professor(a) da Universidade Federal Fluminense (UFF), Campos dos Goytacazes – RJ, Brasil.

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Publiée

2022-10-28

Comment citer

MEDEIROS, Claudio. As heterotopias. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 22, n. 3, p. 1–10, 2022. DOI: 10.31977/grirfi.v22i3.3019. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/3019. Acesso em: 22 nov. 2024.

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