O campo como nómos biopolítico da modernidade e a figura do muçulmano

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DOI :

https://doi.org/10.31977/grirfi.v20i1.1317

Mots-clés :

Vida nua; Biopolítica; Campos; Mulçumano; Forma-de-vida.

Résumé

O presente texto, cujo título é “O campo como nómos biopolítico da modernidade e a figura do muçulmano” tem por objetivo geral examinar a noção de campo como nómos biopolítico presente na modernidade, segundo as afirmações da obra de Giorgio Agamben, destacando a figura do muçulmano como seu habitante e como um paradigma da vida nua (nuda vita) em oposição à forma-de-vida. Para que se possa realizar o objetivo proposto, iniciamos com a abordagem dos conceitos de vida nua e de biopolítica em Agamben, indicando alguns de seus interlocutores, tais como Michel Foucault e Hannah Arendt. Em seguida, analisamos o conceito de campo, que caracteriza o Estado de exceção permanente na modernidade, e a figura do mulçumano, no interior dele. Por último, apresentamos breves considerações acerca da enigmática noção de forma-de-vida, com hífen, enquanto oposta a vida nua, na medida em que uma torna inoperante a politização da vida (zoé), a biopolítica.

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Bibliographies de l'auteur

Lara Emanuele da Luz, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

Doutoranda em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba – PR, Brasil. Bolsista do(a): Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Brasil.

Eduardo Morello, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Doutorando em Filosofia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria – RS, Brasil. Bolsista do(a): Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Brasil.

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Publiée

2020-02-12

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DA LUZ, Lara Emanuele; MORELLO, Eduardo. O campo como nómos biopolítico da modernidade e a figura do muçulmano. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 20, n. 1, p. 144–153, 2020. DOI: 10.31977/grirfi.v20i1.1317. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/1317. Acesso em: 3 juill. 2024.

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