Direitos humanos: da uniformidade da espécie à universalidade do direito

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v16i2.774

Palabras clave:

Homem; Direito; Uniformidade; Universalidade.

Resumen

Este artigo pretende abordar, por um viés filosófico, o problema dos Direitos Humanos enunciados em Declarações dos séculos XVIII e XX. A questão de fundo consiste nos Direitos do Homem a partir do “ideal de humanidade” ou “dignidade humana” considerando duas ideias: 1) o paradoxo da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e a noção de que só se sente um “humano” com direitos garantidos alguém que se vê contemplado no bojo jurídico de uma nação. 2) A humanidade como “grande família” (Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948), e o mundo como “grande nação”. Para tanto, promovemos neste trabalho um debate entre três pensadores: Diderot, com sua noção de vontade geral do gênero humano; Rousseau, com sua refutação à tese de Diderot, negando que exista uma “sociedade natural ou geral entre os homens”; e Kant, que no seu À Paz Perpétua retoma, a seu modo, a noção de cosmopolitismo negada por Rousseau e aponta para a possibilidade do direito se estender a toda a humanidade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Moisés Rodrigues da Silva, Universidade Federal de Goiás (UFG)/ Instituto Federal de Goiás (IFG)

Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiás – Brasil  e professor do no Instituto Federal de Goiás – Campus Itumbiara (IFG), Goias – Brasil.

Citas

ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia das letras, 1989.

BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

DIDEROT, Denis. Direito Natural. In: Verbetes políticos da enciclopédia. Trad. Maria das Graças de Souza. São Paulo: Discurso Editorial; Editora Unesp, 2006.

HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. São Paulo: Nova Cultural,1997.

HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: uma história. São Paulo: Cia das Letras, 2009.

KANT, Immanuel. À paz perpétua. Trad. Marco Zingano. Porto Alegre: L&PM, 2008.

KANT, Immanuel. Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita. Trad. Rodrigo Naves e Ricardo R. Terra. 3ªed. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo. Trad. Anoar Aiex e Jacy Monteiro, 2 ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Col. Os Pensadores).

MOSCATELI, Renato. Por que Emílio não é o cidadão republicano. In: Argumentos, ano 4, nº 8, 2012.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Carta a Christophe de Beaumont e outros escritos sobre a religião e a moral. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2005.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Nova Cultural, 1999. (Col. Os Pensadores II).

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre as ciências e as artes. São Paulo: Nova Cultural, 1999. (Col. Os Pensadores II).

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. São Paulo: Nova Cultural, 2000. (Col. Os Pensadores I).

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou da educação. Trad. Roberto Leal Ferreira, 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004. (Paidéia)

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Rousseau e as Relações Internacionais; prefácio: Gelson Fonseca Jr. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2003.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Oeuvres Complètes. Paris: Gallimard, 1964. v.3 (Bibliothèque de la Plêiade).

Publicado

2017-12-18

Cómo citar

SILVA, Moisés Rodrigues da. Direitos humanos: da uniformidade da espécie à universalidade do direito. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 16, n. 2, p. 132–147, 2017. DOI: 10.31977/grirfi.v16i2.774. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/774. Acesso em: 21 nov. 2024.

Número

Sección

artículos