Os cursos de estética de Hegel e suas implicações sobre o cinema

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31977/grirfi.v12i2.649

Palabras clave:

Hegel; Cursos de Estética; Cinema.

Resumen

O artigo ora apresentado trata da possibilidade de os conceitos trabalhados por Hegel em seus Cursos de Estética serem aplicados à compreensão da arte cinematográfica. Para tal, há a indagação se a cinematografia seria uma percepção contemporânea para o Belo ou se o cinema é arte porque se serve de outras formas artísticas para compor-se. Tendo como base o método bibliográfico, o trabalho em questão se debruça sobre os trechos dos Cursos de Estética, bem como outros autores que comentam a arte em Hegel, de forma a entender o movimento  realizado pelo Espírito, o qual  também é presente na manifestação artística a fim de compreender-se a si próprio. Na dinâmica espiritual da arte, o cinema pode nesta ser incluído, visto tratar-se de obra cultural destinada a ser apresentada a um grupo amplo e compreendida por ele. Neste âmbito, a leitura do texto hegeliano resulta no encontro de similaridades entre o conceito de Espírito como algo próximo a uma construção simbólica de um povo ou segmento social, com o cinema como um produto artístico empedernido de códigos e significados que também é direcionado a um público. Este artigo conclui ser bem-vindo um esboço, sob as nomenclaturas legadas por Hegel, de um conceito que contemple a atividade cinemática dentre as demais obras de arte abrangidas pelo filósofo nos Cursos de Estética. Além disso, o artigo encontra a compreensão de que o Espírito, com o cinema, tornou-se mais acessível ao público, o que acarreta num melhor entendimento de si mesmo pela arte.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Rodrygo Rocha Macedo, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Mestrando em Filosofia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ceará – Brasil.

Citas

AUMONT, J. O olho interminável [cinema e pintura]. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.

HEGEL, G. W. F. Enciclopédia das Ciências Filosóficas. São Paulo: Loyola, 1995.

HEGEL, G. W. F. Cursos de estética I. São Paulo: Edusp, 2001

HEGEL, G. W. F. Cursos de Estética III. São Paulo: Edusp, 2002.

HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis: Vozes, 2011

LEVIN, Tom. From Dialectical to Normative Specificity: Reading Lukács on Film. New German Critique, No. 40, Special Issue on Weimar Film Theory (Winter, 1987), pp. 35-61. Duke University Press.

SHOHAT, Ella. "Imaging Terra Incognita: the disciplinary gaze of Empire". Public Culture, Vol. 3, No. 2: Spring 1991, pages 41-70.

XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

XAVIER, Ismail. O olhar e a cena: melodrama, Hollywood, cinema novo, Nelson Rodrigues. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

Publicado

2015-12-18

Cómo citar

MACEDO, Rodrygo Rocha. Os cursos de estética de Hegel e suas implicações sobre o cinema. Griot : Revista de Filosofia, [S. l.], v. 12, n. 2, p. 348–355, 2015. DOI: 10.31977/grirfi.v12i2.649. Disponível em: https://periodicos.ufrb.edu.br/index.php/griot/article/view/649. Acesso em: 22 jul. 2024.

Número

Sección

artículos